Covid-19: uso de radiação acelera recuperação dos pulmões, diz estudo

Tratamento por radioterapia reduz tempo de melhora dos pacientes de 12 para três dias; pesquisa ainda vai passar por avaliação entre pares
Redação16/07/2020 12h00, atualizada em 16/07/2020 12h25

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Desde que o novo coronavírus se espalhou pelo mundo, vitimando mais de 580 mil pessoas no mundo todo, médicos e pesquisadores têm procurado encontrar uma forma eficaz de tratamento para a Covid-19. Médicos da Emory University de Atlanta, nos Estados Unidos, testaram o uso de pequenas doses de radiação aplicadas no pulmão dos infectados e, em um primeiro resultado, conseguiu diminuir o tempo de recuperação significativamente.

Os pesquisadores usaram radioterapia para tratar 10 pacientes com a doença, comparando os resultados com outros 10 de idade similar e que receberam o tratamento usual. O estudo mostrou que, aqueles tratados com a radiação, precisaram de apenas três dias para uma melhora significativa, enquanto aqueles que receberam o tratamento convencional precisaram de 12 dias.

Além disso, as cobaias do tratamento experimental precisaram de 12 dias para receber alta hospitalar e tiveram um risco mais baixo de ventilação mecânica, com apenas 10%. Como efeito de comparação, pacientes tratados convencionalmente precisam de 20 dias para ter alta e possuem risco de ventilação em 40% dos casos.

ReproduçãoTratamento com radioterapia diminui o risco de uso de respiração artificial. Foto: Reprodução

Apesar dos resultados promissores, ainda há a hipótese de que os resultados foram conseguidos pela sorte, de acordo com os pesquisadores. Por conta disso, ainda é cedo para confirmar a eficácia do tratamento. A pesquisa ainda não passou pela revisão por pares, e os pesquisadores lançaram recentemente um ensaio randomizado e controlado. A universidade espera que outros centros médicos participem para que mais pacientes possam receber o tratamento.

Seis cepas circulando no Brasil

De acordo com pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foram identificadas no Brasil, entre fevereiro e abril, ao menos seis diferentes cepas do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Para a constatação, os cientistas analisaram 95 genomas completos do vírus causador da Covid-19.

As amostras foram coletadas em pacientes do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Acre, Amapá, Pará, Alagoas, Bahia, Maranhão e Santa Catarina, bem como no Distrito Federal. Dentre as seis cepas (A.2, B.1, B.1.1, B.2.1, B.2.2 e B.6), também foi identificada a principal sub linhagem do novo coronavírus em circulação no Brasil.

Via: G1

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital