Cientistas investigam eficácia de vacina BCG contra o coronavírus

Pesquisadores da Austrália se baseiam em estudos que mostram a eficácia da substância contra infecções respiratórias virais; testes já estão sendo feitos no Brasil
Redação28/07/2020 12h57, atualizada em 28/07/2020 13h18

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Com a pandemia do novo coronavírus, diversas equipes de pesquisa estão em busca de uma vacina eficaz contra a doença. Porém, a solução pode ser conhecida há décadas: a BCG. No Brasil, ela é obrigatória desde 1976 para recém-nascidos, sendo disponibilizada de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até os quatro anos de idade. É ela que deixa a marca no braço das pessoas.

A vacina está sendo testada em 10 mil profissionais da saúde em vários países. No Brasil, são dois mil voluntários de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Austrália, Espanha e Reino Unido também participam dos estudos da Universidade de Melborne com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os testes já estão na terceira fase em humanos. Júlio Croda, coordenador da pesquisa e médico infectologista da Fiocruz, afirmou que os voluntários “serão acompanhados durante o ano”. Esse acompanhamento será feito por meio de ligações telefônicas, nas quais as pessoas vão ter que informar se apresentaram ou não algum sintoma da Covid-19.

ReproduçãoResultado das pesquisas pode demorar até um ano para ficarem prontos. Foto: Reuters

Nigel Curtis, um dos responsáveis pela pesquisa, afirma que os resultados finais podem demorar de seis a doze meses. “Estaremos observando muito atentamente, para saber se podemos descobrir mais cedo”, afirmou. Curtis, porém, afirma que ainda não há convicção de que a BCG é eficaz contra o novo coronavírus. Portanto, ele alerta que não é para ninguém ir atrás da vacina.

“O que é bastante importante: fazer todas as coisas direito. Distanciamento social, lavar as mãos e tudo mais para se proteger”, finalizou.

Vacina da Moderna

A empresa norte-americana Moderna anunciou nesta segunda-feira (27) o início da terceira etapa de testes clínicos de sua candidata a vacina contra o novo coronavírus. Trata-se do último estágio de experimentos antes da substância receber a autorização para ser licenciada e distribuída.

O estudo será conduzido com cerca de 30 mil voluntários, em 87 regiões dos Estados Unidos. A iniciativa dividirá os participantes em dois grupos. Uma parcela dos pacientes receberá uma dose de 100 microgramas, seguida de um reforço após 29 dias. A outra parte representará o grupo de controle e será submetida a placebos – isto é, substâncias ineficazes.

Via: G1

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital