Pode parecer coisa de filme de ficção científica, mas é possível que, no futuro, os smartphones possam detectar doenças. Os dispositivos móveis podem ser convertidos em ferramentas para identificar rapidamente uma variedade de agentes causadores de problemas, incluindo bactérias, toxinas e vírus.

Testes que utilizam celulares como base já foram desenvolvidos – mesmo que não tenham sido lançados – para detectar HIV, malária e até tuberculose. Agora, como parte do projeto FoodSmartphone, uma versão para a Covid-19 também está sendo criada – embora ainda existam várias perguntas sobre a praticidade de seu uso.

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Funcionamento

A detecção de doenças usando o smartphone é feita a partir de um instrumento, semelhante a uma etiqueta, que reage à presença de uma substância específica, como um vírus ou bactéria específica. Para testar algo, como um fluido de um cotonete com material extraído da garganta, basta colocá-lo sobre o item para que, se a substância procurada estiver lá, uma reação seja mostrada.

Essa reação gera um sinal de luz ou mudança de cor que o telefone detecta e interpreta por meio de sua câmera, ou sensores. Os resultados podem ser exibidos em um aplicativo no smartphone e imediatamente comunicados às autoridades de saúde se necessário.

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Para o caso da Covid-19, as “etiquetas” podem ser adaptadas para reagir ao material genético do Sars-Cov-2 ou aos anticorpos do vírus.

Reprodução

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Teste usando o smartphone pode ser um substituto para os exames rápidos realizados atualmente. Foto: sonreir es gratis 

No entanto, para que esse exame esteja disponível para o público, são necessários muitos estudos para comprovação de eficácia. Vale lembrar que a maioria dos testes que utilizam smartphones ainda estão em estágios iniciais de conceito. Pode levar anos para que sejam lançados.

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Porém, a imensa pressão para controlar a pandemia pode acelerar o desenvolvimento dos testes para a Covid-19. Como exemplo disso, podemos citar a criação de uma vacina para a doença. Geralmente, são necessários quase dez anos para que a imunização para alguma doença esteja disponível. Foi sugerido recentemente que uma vacina contra o coronavírus pode ficar pronta em até 18 meses – uma diferença considerável.

Riscos

Com a popularização de uma tecnologia do tipo, os testes devem se mostrar extremamente precisos – além de serem projetados para apresentar resultados claros e de fácil interpretação. Caso contrário, é possível que pessoas infectadas tenham falsos negativos – o contrário também pode ocorrer.

Esses riscos são bem conhecidos e já são compartilhados por outros métodos de testes. Por conta disso, soluções em potencial, como múltiplos testes simultâneos, estão em discussão. Muitos cuidados ainda devem ser tomados antes que algo assim chegue ao mercado. Uma implementação defeituosa levaria à desconfiança do público com a tecnologia.

Via: The Next Web