O laboratório norte-americano Moderna Inc anunciou, na quarta-feira (5), que sua candidata a vacina contra a Covid-19 custará de US$ 32 a US$ 37 (R$ 170 a R$ 196) por dose. O imunizante é um dos seis que avançaram para a última fase de testes.
A Moderna recebeu em torno de US$ 1 bilhão dos Estados Unidos para desenvolver sua candidata a vacina, e agora está em negociação com diversos países para possível fornecimento. De acordo com a farmacêutica, a etapa final de testes não deve levar muito tempo, e o imunizante pode estar pronto para uso em massa até o fim do ano.
Preço de outros imunizantes
Durante uma vídeoconferência, o diretor-executivo Stéphane Bancel disse que a empresa será responsável pelo preço “bem abaixo do valor da vacina” durante a pandemia em curso. Contudo, o imunizante da Moderna acaba sendo um dos mais caros do mercado.
Cada dose da vacina da Pfizer, por exemplo, saiu por US$ 19,50 (R$ 103) para o governo americano, que já adquiriu integralmente o primeiro lote. A Casa Branca já fechou negócio também com a Johnson & Johnson, que vai cobrar apenas US$ 10 (R$ 53) por cada dose de seu imunizante.
Seis imunizantes contra a Covid-19 passam pela última fase de testes. Imagem: Pexels
A vacina produzida na Universidade de Oxford, que está sendo testada no Brasil, será vendida a “preço de custo” em todo o mundo. De acordo com o diretor da AstraZeneca, laboratório parceiro da universidade, cada unidade custará 2,5 euros (R$ 15), e a distribuição será realizada “sem preocupação com lucro”.
Ainda não foi precificada a dose da CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech, que está sendo testada em nove mil voluntários brasileiros. Segundo o governador de São Paulo, João Doria, a expectativa é que ela esteja disponível até janeiro no SUS, com aplicação gratuita para toda a população. Se a projeção se concretizar, o país deve voltar à normalidade em abril de 2021.
Os testes da Moderna envolverão 30 mil voluntários e devem acontecer somente nos Estados Unidos. A farmacêutica ainda não fechou acordo de fornecimento com nenhum país.
Via: Estadão