O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, declarou nesta terça-feira (28) que o primeiro lote da potencial vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, deve chegar ao Brasil em dezembro deste ano.
O imunizante está na terceira e última fase de testes clínicos. Os experimentos são conduzidos com voluntários no Brasil e em outros países. A expectativa de pesquisadores à frente do projeto é de que a etapa seja concluída até outubro. De acordo com o Correia de Medeiros, o governo brasileiro encomendou 100 milhões de doses do composto ativo da vacina.
O acordo prevê a produção nacional do imunizante por parte da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na fábrica de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro. Em entrevista à CNN, Correia de Medeiros explicou que a primeira remessa contará com mais de 15 milhões doses e será seguida por outro lote com mais 15 milhões de unidades, previsto para janeiro.
Cinco candidatas a vacina para o coronavírus estão nas etapas finais de testes clínicos. Imagem: Duda Ruvic/Reuters
Como informado pelo Olhar Digital, o estoque de 30 milhões de doses independe do sucesso dos testes finais da vacina, ou seja, mesmo que o imunizante apresente resultados negativos durante os experimentos, a compra já está acertada. As outras 70 milhões de doses serão distribuídas em lotes a partir de março. Neste caso, porém, o negócio está condicionado à aprovação do composto.
Alternativa
Nesta segunda-feira (27), o governo do estado de São Paulo, João Doria, afirmou em entrevista a uma emissora de rádio que a potencial vacina desenvolvida pela empresa de biotecnologia chinesa Sinovac Biotech pode estar disponível à população brasileira em janeiro.
Assim como a vacina de Oxford, a fórmula da Sinovac, apelidada de CoronaVac, também está em na última etapa de testes clínicos. Segundo Doria, caso os experimentos ocorram como desejado, os resultados da pesquisa devem ser divulgados em outubro e uma autorização emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pode ser emitida até dezembro.
Com o aval do órgão federal, o Instituto Butantan, que é ligado ao governo paulista, pode iniciar a produção em massa do composto. A expectativa é de que o imunizante chegue a unidades de saúde em janeiro. Doria estimou ainda, que caso as previsões sejam concretizadas, a população brasileira poderá retomar atividades sem riscos de infecção por volta de abril.
Via: UOL