Conheça os possíveis efeitos a longo prazo ao contrair o coronavírus

Problemas mais comuns são crises de exaustão, dores de cabeça, ansiedade e dores musculares; pacientes que estiveram na UTI podem ter sintomas mais graves
Fabiana Rolfini16/06/2020 12h39

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Muitos se perguntam sobre os possíveis efeitos a longo prazo no organismo ao contrair o novo coronavírus. Como este é um vírus que ainda desafia os cientistas por sua mutabilidade e características, a melhor evidência vem dos próprios pacientes com Covid-19.

A maioria das pessoas se recupera dentro de algumas semanas. Para aqueles que sofrem efeitos a longo prazo, os problemas mais comuns são crises de exaustão, dores de cabeça, ansiedade e dores musculares que podem durar várias semanas, pelo menos.

Pacientes que necessitaram de terapia intensiva, incluindo aqueles que precisaram de ventiladores ou diálise renal, podem ter problemas mais sérios. Quem ficou muito tempo na UTI muitas vezes precisa de oxigenoterapia ou diálise em casa.

Reprodução

Pacientes que estiveram na UTI podem sofrer com efeitos mais sérios. Foto: iStock

Alguns também desenvolvem uma condição chamada síndrome de cuidados intensivos, que pode incluir fraqueza muscular persistente e problemas de memória. Isso pode ocorrer após qualquer doença crítica e pode estar relacionado à sedação e ao prolongamento do leito durante a hospitalização.

Pulmões e coração

Em pessoas que desenvolveram pneumonia, ainda é possível que tenham cicatrizes pulmonares. Também foram relatados inflamação do coração, batimentos cardíacos irregulares e piora da função renal e hepática. No entanto, é muito cedo para saber se esses podem ser problemas permanentes.

Os temidos coágulos sanguíneos também podem se desenvolver durante e após infecções por Covid-19, causando derrames. Mesmo em casos menos graves, os anticoagulantes são prescritos e podem exigir mudanças no estilo de vida para reduzir os riscos de sangramento.

Apesar de tantos possíveis efeitos pós-infecção, a maioria dos sintomas parece desaparecer, de acordo com o Dr. Thomas McGinn, do Instituto Feinstein de Pesquisa Médica, em Nova York, que esteve envolvido em um dos maiores estudos nos EUA sobre pacientes com Covid-19.

“É apenas uma questão de quando. Para alguns pacientes, pode levar mais tempo que outros”, disse McGinn.

Via: AP News

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital