Nasa assina contrato para construir base lunar com impressão 3D

Tecnologia deve proteger astronautas de condições adversas, como alta temperatura e radiação
Luiz Nogueira05/10/2020 15h50, atualizada em 05/10/2020 16h00

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A Nasa acaba de assinar um contrato de US$ 14 milhões com a Icon, uma startup de tecnologias de construção. O objetivo do acordo é o de desenvolver um sistema de construção usando impressoras 3D para ser utilizado na criação de uma base na Lua.

A iniciativa, batizada de Projeto Olympus, faz parte de um contrato de Pesquisa de Inovação para Pequenas Empresas para construir uma base capaz de abrigar astronautas em futuras viagens ao espaço.

“Construir o primeiro lar da humanidade em outro lugar será o projeto de construção mais ambicioso da história e levará a ciência, engenharia, tecnologia e arquitetura a novas alturas”, disso Jason Ballard, cofundador da Icon.

Para permitir que os astronautas vivam na Lua, a startup deve criar uma tecnologia de proteção contra condições adversas, como temperaturas extremas, radiação e chuva de micrometeoritos. Para isso, atualmente, a empresa realiza testes de durabilidade em diversos materiais.

A companhia planeja utilizar todo conhecimento prévio adquirido em solo terrestre. Em 2018, a Icon tornou-se a primeira empresa a entregar uma casa totalmente construída com impressão 3D.

“Com a Icon, somos pioneiros em novas fronteiras – tanto materialmente, tecnologicamente e ambientalmente. As respostas aos nossos desafios da Terra podem muito bem ser encontrados na Lua”, disse Bjarke Ingels, arquiteto e fundador do grupo BIG-Bjarke Ingels, que vai ajudar a startup com o projeto.

Voluntários para projeto da Nasa

A Nasa acaba de lançar um projeto de ciência cidadã, chamado Planet Patrol, que procura voluntários do mundo todo para ajudar a classificar imagens de planetas coletadas pelo telescópio espacial Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS).

O objetivo principal da iniciativa – que é resultado de uma parceria entre a Nasa, o SETI Institute, o Space Telescope Science Institute, em Baltimore, e a plataforma colaborativa de ciência cidadã Zooniverse – é o de encontrar possíveis planetas alienígenas.

“Métodos automatizados de processamento de dados às vezes falham em capturar impostores que parece exoplanetas. O olho humano é extremamente bom nessa detecção, e precisamos de cientistas cidadãos para nos ajudar nisso”, disse Vaselin Kostov, líder do projeto e pesquisador do Goddard Space Flight Center da Nasa em Greenbelt, Maryland.

O TESS, que está na órbita da Terra desde abril de 2018, busca mundos alienígenas por meio do chamado “método de trânsito”, em que observa pequenas alterações no brilho estelar causadas por planetas cruzando a frente de suas estrelas hospedeiras.

Para isso, a equipe do telescópio usa um algoritmo para analisar o enorme conjunto de dados coletados e eliminar os falsos positivos. No entanto, os computadores estão longe de ser à prova de falhas. Por conta disso, os pesquisadores solicitam ajuda humana.

O trabalho consiste basicamente em observar imagens capturadas pelo telescópio ao mesmo tempo em que responde a algumas perguntas sobre o que as capturas contêm. As respostas cadastradas no site serão então analisadas pelos envolvidos no projeto para que seja possível restringir os candidatos que devem ser acompanhados.

Para participar da identificação, basta acessar o site do Planet Patrol ou do Planet Hunter TESS. Em seguida, observe as imagens seguindo os critérios descritos (em inglês) e, por fim, envie as respostas.

Via: Futurism

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital