Diversos sistemas com estrelas sendo orbitadas por planetas já foram encontrados espalhados pela galáxia. Porém, dentre todos, um tem chamado especialmente a atenção dos astrônomos. O sistema é formado pela estrela HD 158259, que tem a mesma massa e ainda assim é um pouco maior que o nosso Sol, além de seis planetas: uma “Super Terra” e cinco “Mini Netunos”.
Após monitorá-los por sete anos, os astrônomos descobriram que os planetas possuem uma ressonância orbital quase perfeita. Isso ocorre quando as órbitas de dois corpos ao redor de uma estrela estão ligadas, já que eles exercem influência gravitacional um sobre o outro. Esse, porém, é um fato extremamente raro. No nosso sistema solar, por exemplo, acontece com Plutão e Netuno, em uma razão de 2 para 3, respectivamente.
Já no sistema da estrela HD 158259, a ressonância é de quase 3 para 2 de um planeta para o seguinte, indo do mais próximo para o mais distante. Isso significa que a cada três órbitas que um planeta faz, o próximo completa apenas duas.
O astrônomo Hathan Hara, da universidade de Genebra, conseguiu calcular as órbitas de cada planeta. A Super Terra, primeiro deles, demora 2,17 dias terrestres para dar a volta na estrela. Os demais demoram 3,4 dias, 5,2 para o seguinte, enquanto o quarto leva 7,9 dias. Os dois últimos levam 12 e 17,4 dias respectivamente.
Apesar de não produzir uma ressonância perfeita, a variação entre 1,44 e 1,57 é o suficiente para tornar o sistema uma descoberta extraordinária. Para os pesquisadores, isso significa que os planetas que orbitam a estrela não se formaram onde estão posicionados agora. “Acredita-se que esses sistemas se afastem da estrela antes de migrar para ela. Nesse cenário, as ressonâncias desempenham um papel crucial”, concluiu Stephane Udry, da Universidade de Genebra.
Via: Science Alert