A Nasa transmitirá ao vivo a descida da espaçonave robótica OSIRIS-REx na superfície do asteroide Bennu na próxima terça-feira (20). O pouso no corpo celeste tem o objetivo de coletar materiais rochosos e trazê-los à Terra para estudos. O pouso poderá ser acompanhado pelo site oficial da agência espacial por volta das 19h (horário de Brasília).
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Mark your calendars and join me and my team for the adventure on Oct 20. The live broadcast starts at 5:00 pm EDT and touch down is scheduled for 6:12 pm EDT.
More details and events here: https://t.co/GZmHW4lV2C pic.twitter.com/4aLUPGX4gP
— NASA’s OSIRIS-REx (@OSIRISREx) October 14, 2020
Pelo menos 60 gramas de material será coletado pelo braço robótico que acompanha a sonda. Para isso, será utilizada uma estratégia denominada Mecanismo de Aquisição de Amostras Touch-And-Go (Tagsam, sigla em inglês), que ainda englobará duas manobras até o pouso com total precisão. Os desvios “Checkpoint” e “Matchpoint” serão os encarregados pela aterrissagem segura.
Cabe ainda frisar que a OSIRIS-REx possui seis metros de comprimento e três metros de altura, incluindo seus painéis solares estendidos. A espaçonave trabalha com um sistema de duas partes para coletar sua amostra de asteroide. Além do TAGSAM, ela usará o método Sample Return Capsule (SRC, na sigla em inglês) que atua como um recipiente com um escudo térmico e paraquedas que irão proteger o asteroide e permitir sua entrada novamente na atmosfera da Terra.
A missão é a primeira desse tipo para a agência espacial americana. De qualquer forma, a espaçonave deve voltar ao nosso planeta com as substâncias coletadas apenas em 2023.
Espaçonave OSIRIS-REx será a grande responsável pela coleta de material inédita. Créditos: Nada/Divulgação
O que Bennu representa?
“Bennu contém material do início do sistema solar e pode conter os precursores moleculares da vida e dos oceanos da Terra”, destacou o anúncio da Nasa sobre a transmissão ao vivo. “O asteroide é quase tão alto quanto o Empire State Building e pode potencialmente ameaçar a Terra no fim do próximo século, com uma chance de 1 em 2.700 de impactar nosso planeta durante uma de suas aproximações”, acrescentou.
Vale lembrar que todo caminho e manobras serão monitorados por uma equipe restrita de pesquisadores, já que a Nasa também tem adotado amplamente o trabalho remoto por conta da pandemia de Covid-19. O que tranquiliza a equipe da agência espacial neste sentido é que a OSIRIS-REx conta com um avançado sistema Natural Feature Tracking (NFT, na sigla em inglês), que permite a navegação segura da espaçonave.