A Nasa publicou um mosaico com detalhes inéditos da superfície do asteroide Bennu. A imagem corresponde à combinação de mais de 2 mil fotografias captadas pela sonda OSIRIS-REx entre março e abril de 2019.
Para se ter uma ideia do detalhamento, na imagem original (50.669 x 25.450) cada pixel representa duas polegadas, ou cinco centímetros. Assim é possível visualizar objetos de até 25 cm de diâmetro, que se encontram na superfície do astro.
De acordo com a agência espacial americana, trata-se da “resolução mais alta em que um corpo planetário já foi mapeado globalmente”. Embora a própria Nasa já tenha divulgado imagens ainda mais detalhadas de Marte e da Lua, por exemplo, elas foram captadas por sondas terrestres e retratam apenas um porção dos astros.
O mosaico do Bennu, por outro lado, concede uma visão precisa dos quase 487 metros de diâmetro do asteroide, registrada por uma sonda em órbita. As imagens foram produzidas a uma distância de 1,9 a 3,1 milhas (3,1 km a 5 km) acima da superfície.
Para consultar o mosaico na resolução original, acesse o site da missão
Missão
A Nasa pretende realizar, em breve, a primeira coleta de amostras do solo do Bennu. O asteroide intriga cientistas devido ao comportamento de expelir rochas no espaço, uma atividade comumente associada a cometas.
O mosaico fotográfico foi utilizado para a agência definir os locais mais apropriados na superfície do asteroide para que a operação seja realizada. A expectativa é que a OSIRIS-REx realize a coleta em agosto de 2020.
Antes disso, serão conduzidos dois testes de aproximação da sonda, um marcado para 15 de abril e outro para o mês de junho. Cada uma das manobras deve resultar em informações sobre a superfície do asteroide que serão processadas pelo sistema da espaçonave.
De acordo com o Engadget, a sonda vai disparar uma explosão de nitrogênio para remover partículas do solo, que serão capturadas pelo braço robótico da REx. Se o procedimento funcionar, a missão deve retornar a Terra com a amostra em 24 de setembro de 2023.