As células de bateria são peças fundamentais dos veículos elétricos, mas desenvolvê-las a partir do zero custa caro. Por isso, é comum que as montadoras do segmento se unam buscando a otimização de seus produtos. Seguindo esse caminho, a chinesa Geely, detentora da Volvo e da Polestar, anunciou que está trabalhando numa plataforma “revolucionária” com o objetivo de vendê-la às marcas rivais. 

Como informou o Financial Times, a tecnologia desenvolvida pela Geely vai oferecer autonomia de até 700 km aos elétricos, além de torná-los mais leves. O presidente da companhia, Li Shufy, não é modesto ao descrever a criação. Segundo ele, “o desenvolvimento dessa arquitetura transformadora é o maior ‘salto à frente’ da empresa em mais de uma década”. 

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A expectativa de Shufy é que a novidade domine a indústria nos próximos anos. Ele afirmou que a fabricante já está em negociações para fornecer as novas baterias à alemã Daimler, responsável pela Mercedes-Benz – curiosamente, a Geely possui uma participação na empresa.  

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Chinesa Geely é proprietária da Volvo, Lotus e Polestar. Imagem: Adam Cai/Unsplash

As conversas com outros fabricantes incluem “um grupo norte-americano e vários europeus”, mas o executivo não revelou quais são eles. As subsidiárias da própria Geely também se comprometeram a usar a plataforma em seus próximos veículos. 

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A previsão é que o primeiro modelo a contar com a nova tecnologia seja um sedã vendido sob a marca Lynk & Co., que será apresentada pela empresa no mês que vem e mira nos motoristas mais jovens. 

Nos próximos anos, espera-se que o mercado de elétricos tenha um número cada vez maior de veículos que, embora sejam diferentes por fora, compartilhem diversos elementos elétricos uns com os outros por baixo da carroceria. 

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A Volkswagen, por exemplo, faz algo semelhante com sua plataforma MEB, que é utilizada pela Ford. A Honda também planeja o lançamento de dois automóveis com baterias e motores fabricados pela General Motors, além de ter uma pequena participação na chinesa CATL, que fornece baterias a outros veículos elétricos. 

Via: The Next Web