Com a disseminação do novo coronavírus pelo mundo, cientistas voltam seus esforços para encontrar uma cura para a doença. Um dos novos candidatos para isso é o óxido nítrico inalável.

Uma série de estudos clínicos em andamento no Hospital Geral de Massachusetts têm como objetivo descobrir se o tratamento usando o gás incolor e insípido pode ser eficaz para o tratamento dos infectados pela doença.

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O óxido nítrico já é muito utilizado na medicina como tratamento para bebês prematuros que têm problemas para respirar. Além disso, o composto desempenha um papel importante no desenvolvimento do Viagra devido às propriedades que dilatam os vasos sanguíneos e, consequentemente, aumentam a circulação. 

Estudos em andamento 

Reprodução

Stuart Harris, médico assistente do Hospital Geral de Massachusetts, declarou que quatro estudos estão sendo conduzidos e exploram, de maneiras diferentes, como o óxido nítrico por inalação pode ser aproveitado para tratar o novo coronavírus.

Segundo ele, o que o vírus faz é tentar impedir que o sangue transporte oxigênio suficiente para o corpo, e como o “óxido nítrico é um relaxante muscular suave, os vasos sanguíneos relaxam. Isso ajuda o sangue a chegar em locais onde o óxido está indo. Essencialmente, ele pode abrir caminho para que os pulmões possam fazer seu trabalho”.

Além disso, dados preliminares sugerem que o óxido nítrico pode ser um forte aliado para combater o novo coronavírus. Em um comunicado, o Hospital Geral de Massachusetts declarou que, devido às semelhantes genômicas entre a Covid-19 e os vírus que causaram os surtos de Sars e Mers, o gás incolor pode ser eficaz contra a nova doença.

Estudos durante os surtos dessas doenças, ocorridos entre 2004 e 2005, mostram que o óxido obteve êxito no tratamento. No entanto, vale lembrar que o uso de óxido nítrico no combate contra o novo coronavírus não teve resultados comprovados.

Pesquisas preliminares ainda não conseguiram coletar dados suficientes para sustentar a possibilidade. De qualquer forma, até a comprovação – ou não – ele segue como um dos vários candidatos estudados pela medicina atualmente. 

Via: Cnbc