EUA são o maior alvo de phishing no mundo, diz Google

Paquistão, Coreia do Sul e Vietnã também estão entre os principais alvos
Luiz Nogueira27/11/2019 15h01, atualizada em 27/11/2019 15h49

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Nesta terça-feira (26), o Google divulgou algumas informações sobre a escala mundial de atividades fraudulentas cometidas por cibercriminosos. De julho a setembro deste ano, a empresa enviou mais de 12 mil avisos para usuários do mundo todo informando que invasores estavam tentando conseguir acesso de contas Google por meio de golpes de phishing.

Para ilustrar a ameaça, o Google divulgou um mapa que separa os ataques por região. Como era de se esperar, os EUA estiveram entre os países que mais sofreram com a prática. Além dele, os ataques também se concentraram nos usuários do Paquistão, Coreia do Sul e Vietnã.

Foto: Google

A empresa ainda divulgou que 90% dos usuários afetados foram atingidos por e-mails que tentavam induzir a vítima a entregar informações de acesso da sua conta do Google. O que muitas vezes impede que o golpe seja concretizado são pequenos detalhes. Como destaca Shane Huntley, diretor de segurança do Google, citando como exemplo um e-mail que tentava se passar pela companhia, mas que se denominava “Goolge”. A mensagem fraudulenta sugeria que o usuário protegesse sua conta ao redefinir sua senha.

O que preocupa muitas pessoas é como o ataque parece ignorar a autenticação de dois fatores presente na maioria dos produtos do Google. Esse sistema solicita um código de segurança enviado para o smartphone cadastrado do usuário para autorizar o acesso. Entretanto, isso não ocorre, os criminosos acessam a conta diretamente, mesmo possuindo apenas a senha dos usuários.

O Google afirma que detecta cerca de 100 milhões de mensagens de phishing por dia. Portanto, os cibercriminosos representam apenas uma pequena porcentagem dos ataques. Estima-se que a maioria dos consumidores nunca se tornará alvo de um golpe desses, mas, mesmo assim, todo cuidado é pouco.

Para proteger usuários em risco, como políticos, ativistas e jornalistas, o Google criou em 2017 o Programa de Proteção Avançada. Com ele, os usuários recebem uma camada de proteção extra justamente por trabalharem com informações sensíveis que, se vazadas, podem acabar dando início a uma crise.

O Google revelou que mais de 15 mil usuários fazem parte do programa atualmente. Ainda de acordo com a empresa, qualquer pessoa pode se inscrever no programa, mas para ser aceito, é necessário que o usuário adquira duas chaves de segurança, o que custa US$ 50 (cerca de R$ 213).

Via: PC Mag

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital