TikTok e WeChat estarão banidos dos EUA a partir de domingo

Por determinação do governo norte-americano, usuários não terão acesso a aprimoramentos, atualizações ou manutenção dos apps; punições são mais severas contra o WeChat
Renato Mota18/09/2020 15h26

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Em resposta à Ordem Executiva assinada pelo do presidente Donald Trump em agosto, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (18) a proibição de transações relacionadas aos aplicativos WeChat e TikTok. A partir de domingo (20), os norte-americanos não poderão mais baixar os apps chineses.

“Sob a orientação do presidente, tomamos medidas significativas para combater a coleta maliciosa de dados pessoais de cidadãos americanos pela China, ao mesmo tempo promovendo nossos valores nacionais, normas baseadas em regras democráticas e aplicação agressiva das leis e regulamentos dos EUA”, afirmou o secretário responsável pela pasta, Wilbur Ross.

A determinação também proíbe a transferência de fundos ou processamento de pagamentos através do WeChat dentro dos EUA. As restrições também impedirão qualquer empresa de oferecer hospedagem na Internet, redes de distribuição de conteúdo, trânsito na rede ou serviços de peering para o WeChat, bem como usar o código do aplicativo em outro software ou serviço.

Evan El-Amin/Shutterstock

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Imagem: Evan El-Amin/Shutterstock

De acordo com o comunicado do Departamento de Comércio, “o Partido Comunista Chinês (PCC) demonstrou os meios e motivos para usar esses aplicativos para ameaçar a segurança nacional, a política externa e a economia dos EUA”. As proibições “protegem os usuários nos EUA, eliminando o acesso a esses aplicativos e reduzindo significativamente sua funcionalidade”.

As restrições pegaram o TikTok de surpresa, enquanto corre para finalizar as negociações de aquisição com a Oracle. A ideia é “americanizar” a empresa para poder amenizar as preocupações do governo. No comunicado, o Departamento de Comércio disse que o presidente havia dado até 12 de novembro para que as questões fossem resolvidas e, se fossem, as proibições poderiam ser suspensas.

“Continuaremos desafiando a ordem executiva injusta, que foi promulgada sem o devido processo e ameaça privar o povo americano e as pequenas empresas em todos os EUA de uma plataforma significativa para voz e meios de subsistência”, disse o porta-voz da TikTok, Josh Gartner.

Via: The Verge

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital