Em meio à confusão gerada pelo possível banimento de seu aplicativo dos Estados Unidos, a CEO interina do TikTok, Vanessa Pappas, pediu ao Facebook e ao Instagram para “aderir publicamente ao nosso desafio e apoiar o nosso litígio”. A proibição do TikTok começa a valer no próximo domingo (20), após determinação do presidente Donald Trump.
A nova ordem foi emitida na manhã desta sexta-feira (18) pelo Departamento de Comércio, proibindo que as pessoas baixem TikTok ou WeChat a partir do dia 20 de setembro. O app continuará a funcionar nos EUA para quem já o tiver instalado, mas novos downloads não serão mais permitidos.
O apelo de Pappas veio por meio de uma resposta a um tuíte de Adam Mosseri, chefe do Instagram, que afirmou que “a proibição do TikTok nos Estados Unidos seria muito ruim para o Instagram, Facebook e a internet de forma mais ampla”. Pappas então completou dizendo que este é o momento de “colocar nossa competição de lado e focar em princípios fundamentais como liberdade de expressão e devido processo legal”. A mensagem de Pappas chega em meio a rumores de que o cofundador do Instagram, Kevin Systrom, está em negociações para substituir Kevin Mayer, CEO do TikTok.
Careful with this headline, the ban is only of *new downloads* of TikTok, an outright ban will happen on 11/12 unless a deal is made.
I’ve said this before, but a US TikTok ban would be quite bad for Instagram, Facebook, and the internet more broadly. https://t.co/2tPPgAkI4K
— Adam Mosseri 😷 (@mosseri) September 18, 2020
O governo Trump decidiu pelo banimento do TikTok no início deste ano, devido a questões de segurança de dados. O país então exigiu que a ByteDance, controladora do app, vendesse suas operações nos EUA para uma empresa local até 15 de setembro, ou o TikTok seria banido permanentemente.
Atualmente, a empresa tenta negociar um acordo com a Oracle para sua venda. Além disso, o TikTok também abriu um processo contra Trump em agosto, argumentando que a ordem do presidente não apresentava nenhuma evidência de que o TikTok de fato é uma ameaça à segurança nacional.
We agree that this type of ban would be bad for the industry. We invite Facebook and Instagram to publicly join our challenge and support our litigation. This is a moment to put aside our competition and focus on core principles like freedom of expression and due process of law.
— Vanessa Pappas (@v_ness) September 18, 2020
Porém, seguindo a ordem do Departamento de Comércio, a empresa emitiu uma declaração observando que já “se comprometeu com níveis sem precedentes de transparência adicional e responsabilidade, muito além do que outros aplicativos estão dispostos a fazer”. O comunicado acrescenta que o TikTok já planeja trabalhar com um provedor de tecnologia norte-americano, que ficaria “responsável por manter e operar a rede TikTok nos EUA, que incluiria todos os serviços e dados que atendem aos consumidores dos EUA”.
“Continuaremos a desafiar a ordem executiva injusta, que foi promulgada sem o devido processo legal e ameaça privar o povo americano e as pequenas empresas em todos os EUA de uma plataforma significativa para voz e meios de subsistência”, diz a nota.
Via: The Verge