Nos Estados Unidos, o Dia de Ação de Graças é um dos feriados mais importantes. É nele que as famílias se reúnem para celebrar os bons acontecimentos do ano. No entanto, por conta da pandemia do novo coronavírus, muitas pessoas deixarão de visitar presencialmente seus familiares. Por isso, o Zoom decidiu alterar uma funcionalidade para ajudar com essa tarefa.

Excepcionalmente durante o feriado – que será comemorado em 26 de novembro este ano – a empresa decidiu aumentar o tempo disponível para videochamadas gratuitas feitas na plataforma. Anteriormente, os usuários que não pagavam o serviço enfrentavam um limite de 40 minutos por ligação.

Agora, a partir das 14h do dia 26 de novembro, os usuários não terão que se preocupar em encerrar as chamadas antes dos 40 minutos. A empresa promete eliminar qualquer limite de tempo para as ligações feitas usando o Zoom.

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Usuários poderão realizar chamadas sem limite de tempo no dia de Ação de Graças. Foto: Tada Images/Shutterstock

No entanto, essa decisão não será permanente. Isso porque, de acordo com a empresa, o período se estenderá até às 8h do dia seguinte – 27 de novembro. Depois disso, as imposições retornam. Com o aumento de casos do novo coronavírus nos Estados Unidos, não visitar os parentes pessoalmente pode ser a melhor opção. Pelo menos por enquanto.

Criptografia de ponta a ponta

A Zoom Technologies confirmou que as videochamadas realizadas por meio de seu app – o Zoom – contam com a criptografia de ponta a ponta (E2E, ou “end to end”, no jargão em inglês). A novidade vale para todas as plataformas: Windows, macOS, iOS e Android. Entretanto, a interface web e apps de terceiros que usem o kit de desenvolvimento do Zoom não contarão com este recurso.

A criptografia de ponta a ponta chega ao Zoom, neste primeiro momento, como uma prévia: pelos próximos 30 dias, a empresa vai coletar feedback dos usuários e usar as informações reunidas para aprimorar a privacidade. De qualquer forma, a função continuará disponível após este prazo.

Depois de muita espera, usuários do Zoom têm criptografia de ponta a ponta, aprimorando a privacidade das videochamadas. Imagem: Ymphotos/Shutterstock

Desde o início da pandemia, o Zoom ascendeu em popularidade em meio à necessidade de empresas de remanejar seus funcionários para o trabalho remoto. A condução de reuniões em vídeo contribuiu para que o app fosse um dos mais populares no setor; por outro lado, acabou expondo problemas graves de segurança em seu uso. Em alguns casos, hackers conseguiram invadir chamadas e distribuir spams pornográficos, enquanto pesquisadores revelaram que era possível “encontrar” chamadas em curso apenas adivinhando o seu endereço (URL).

A situação chegou ao seu ápice após uma reportagem do The Intercept, que revelou que o Zoom praticou propaganda enganosa ao prometer, em seu site e white paper, a criptografia de ponta a ponta, mas não entregá-la no uso do app. Desde então, o CEO da Zoom Technologies, Eric Yuan, tomou uma série de atitudes comprometidas com o aprimoramento do serviço, como contratar a consultoria de Alex Stamos, ex-chefe de segurança do Facebook e Yahoo.

Via: The Next Web