WhatsApp recebe autorização para operar sistema de pagamentos na Índia

Serviço passa a funcionar no país após dois anos de testes feitos com pessoas selecionadas
Luiz Nogueira06/11/2020 13h48, atualizada em 06/11/2020 14h00

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Nesta sexta-feira (6), o WhatsApp começa a operar seu serviço de pagamentos na Índia. A implementação ocorre pouco depois da empresa receber autorização do principal processador de pagamentos do país para operar.

Antes da aprovação, o WhatsApp, que tem o país como seu maior mercado, testou sua solução de pagamentos por dois anos com pessoas selecionadas. O único empecilho enfrentado pela empresa era a falta de liberação dos órgãos regulatórios.

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, gravou um vídeo para falar sobre a chegada do serviço à Índia. “Payments está disponível agora em dez versões do WhatsApp em dez idiomas regionais indianos”, disse o empresário. Para implementar a iniciativa, a empresa fechou parceria com cinco bancos indianos.

Segundo o National Payments Corporation of India (NPCI), órgão responsável pela regulamentação de novos meios de pagamento, mesmo com o lançamento do serviço, sua utilização será limitada a 20 milhões de usuários. Pelo menos inicialmente.

Situação do Brasil

Por aqui, o serviço ainda está em fase de regulamentação. Poucos dias após ser anunciado, o sistema sofreu uma suspensão por parte do Banco Central para evitar que apresentasse “risco ao normal funcionamento das transações” financeiras.

Agora, a empresa aguarda que todas as análises de risco sejam concluídas e o serviço seja liberado. De acordo com a Cielo, uma das principais envolvidas no sistema de pagamentos do WhatsApp, há estimativa de que a solução seja disponibilizada em novembro deste ano.

Como funciona o sistema?

WhatsApp Pay permite enviar e receber dinheiro de pessoas por meio do mensageiro. Foto: WhatsApp/Divulgação

Basicamente, o WhatsApp Pay permite enviar e receber dinheiro de pessoas por meio do mensageiro.

Para garantir a segurança das transações e evitar fraudes, antes de cada transferência será necessário informar um código PIN de seis dígitos, previamente cadastrado ou a biometria do celular – funciona como outras transações financeiras feitas pelo celular.

No caso de transferência entre pessoas físicas, não haverá o pagamento de qualquer taxa pela transação – no entanto, só será possível utilizar cartões de débito. Além disso, usuários possuem um limite de envio de R$ 1 mil por transação e recebimento de até 20 pagamentos por dia no limite de R$ 5 mil por mês.

Já para as empresas, é possível utilizar cartões de crédito e débito. Porém, o estabelecimento deverá pagar uma taxa por cada uma das transações. Todos os pagamentos serão processados pela Cielo.

Por conta dos parceiros iniciais, os usuários poderão utilizar apenas cartões de crédito e débito emitidos pelo Banco do Brasil, Nubank e Sicredi. No entanto, a empresa informa que vai facilitar a entrada de novos parceiros no futuro.

Via: Reuters

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital