Após a AstraZeneca afirmar que a entrega de suas vacinas estava “um pouco atrasada”, a Índia acelerou o desenvolvimento de seu próprio imunizante contra o novo coronavírus. Essa medida é mais uma demonstração da impaciência que se espalha entre diversos países, que tentam vencer a pandemia e reabrir a economia o mais rápido possível.

A descoberta de uma vacina é vista como a melhor alternativa para controlar um vírus que já infectou mais de 48 milhões de pessoas, causou 1,2 milhão de mortes, derrubou economias e afetou bilhões de vidas desde sua primeira detecção na China, em dezembro de 2019.

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A Austrália está alimentando seu arsenal contra a pandemia adquirindo 135 milhões de doses de diversas vacinas em potencial. “Não vamos colocar todos os ovos na mesma cesta”, disse o primeiro-ministro Scott Morrison nesta quinta-feira (5).

Cerca de 45 vacinas candidatas estão sendo testadas em humanos ao redor do mundo, com a Pfizer dizendo que pode entrar com um pedido de autorização nos Estados Unidos no fim de novembro, abrindo a possibilidade de uma vacina estar disponível no país antes mesmo do fim do ano. Logo atrás da maior farmacêutica dos EUA, vêm a Moderna e a AstraZeneca, que devem ter dados iniciais sobre suas vacinas antes do fim de 2020.

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Vacina indiana pode ser a primeira a sair. Imagem: Numstocker/Shutterstock

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Uma vacina apoiada pelo governo indiano pode sair já em fevereiro, meses antes do esperado, já que os últimos testes começam neste mês e, até agora, a droga estudada mostrou-se eficaz e segura, como afirmou um cientista sênior do governo à agência de notícias Reuters.

A Bharat Biotech, uma empresa privada que está desenvolvendo a Covaxin com o Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR), administrado pelo governo, não esperava lançar a vacina antes do segundo trimestre de 2021.

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“A vacina mostrou boa eficácia”, disse Rajni Kant, cientista sênior do ICMR e membro da força-tarefa Covid-19, na sede do órgão em Nova Delhi. “A expectativa é que até o início do próximo ano, fevereiro ou março, algo esteja disponível”.

Via: Reuters