Sobre a Huawei, primeiro-ministro britânico diz que fará 5G sem prejudicar segurança

Boris Johnson disse que tomará uma decisão em breve sobre o papel da fabricante chinesa Huawei nas redes de comunicações do país
Vinicius Szafran27/01/2020 18h56, atualizada em 27/01/2020 19h01

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta segunda-feira (27) que tomará uma decisão sobre o papel da Huawei na rede 5G do país sem comprometer a segurança nacional.

Johnson deve se reunir com ministros do governo britânico na terça-feira (28) para decidir se deve restringir ou até proibir o uso de equipamentos fabricados pela chinesa Huawei na rede 5G. Ele enfrenta pressão dos Estados Unidos e de alguns membros do Partido Conservador para não dar qualquer papel à companhia asiática, por temores de que a empresa tenha acesso aos segredos britânicos. A Huawei segue negando que seja um veículo de espionagem do governo chinês.

O primeiro-ministro disse que havia uma maneira de consumidores e empresas britânicas terem acesso à nova tecnologia sem comprometer as relações de segurança com a aliança de inteligência Five Eyes, liderada pelos EUA.

Reprodução

“Não há razão para não termos progresso tecnológico aqui no Reino Unido, permitir que consumidores, empresas no Reino Unido tenham acesso a tecnologia fantástica, a comunicações fantásticas, mas também protejam nossos interesses de segurança e nossas principais parcerias com outros poderes de segurança em todo o mundo”, disse Johnson em resposta à pergunta de um repórter durante visita a uma universidade em Londres.

De acordo com duas pessoas com conhecimento no assunto, as autoridades britânicas haviam proposto conceder à Huawei um papel limitado na rede 5G.

O 5G é visto como uma das maiores inovações desde o nascimento da internet, oferecendo velocidades de dados muito mais rápidas. A Huawei, maior produtora de equipamentos de telecomunicações do mundo, diz que os EUA desejam bloquear a rede 5G da Grã-Bretanha porque nenhuma empresa norte-americana pode oferecer a mesma gama de tecnologia a um preço competitivo.

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No ano passado, antes de deixar o cargo, a ex-primeira-ministra Theresa May concordou em bloquear a Huawei de todas as partes principais da rede 5G, mas dando acesso restrito a partes não essenciais. Os opositores da empresa, incluindo os EUA, dizem que a divisão entre núcleo e não núcleo é menos clara quando se trata de redes 5G.

O ministro de digital e banda larga, Matt Warman, disse ao parlamento que a Grã-Bretanha felicita os investimentos estrangeiros, mas precisa de garantias de que a segurança nacional não será comprometida. Warman disse também que o Conselho de Segurança Nacional se reunirá na terça-feira (28) para discutir o assunto Huawei.

Via: Reuters

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital