Por proibição ao 5G da Huawei, autoridades dos EUA visitam Reino Unido

Norte-americanos pressionam seus aliados a proibir os equipamentos da marca chinesa, sob alegação de espionagem
Vinicius Szafran13/01/2020 18h28, atualizada em 13/01/2020 19h50

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Uma delegação de autoridades dos Estados Unidos chegou ao Reino Unido, nesta segunda-feira (13), para tentar convencer o governo britânico a não usar os equipamentos da fabricante chinesa, Huawei, na atualização de sua rede de telecomunicações, de acordo com duas pessoas com conhecimento no assunto.

O Reino Unido deve decidir a utilização de equipamentos da Huawei em suas futuras redes de 5G no final deste mês. Segundo afirmou à BBC, Brandon Lewis, ministro da Segurança, a decisão será tomada “relativamente em breve”.

De acordo com os relatos das pessoas familiarizadas com o assunto, para a agência de notícias Reuters, a delegação norte-americana incluiria o vice-assessor de segurança nacional, Matt Pottinger.

As autoridades britânicas devem considerar as alegações lideradas pelos EUA de que os equipamentos da Huawei podem ser usados pelo governo chinês para espionar a relação do Reino Unido com Pequim, bem como alerta da indústria de que proibir a empresa custaria bilhões de dólares.

A Huawei, maior fabricante de equipamentos de rede móvel do mundo, negou repetidamente que suas redes e equipamentos possam ser usadas para espionagem. Um porta-voz da empresa disse, anteriormente, que parlamentares do Reino Unido haviam confirmado que os equipamentos da fabricante chinesa não seriam usados em redes destinadas ao compartilhamento de informações de inteligência.

Um senador dos Estados Unidos apresentou um projeto de lei para impedir que o país norte-americano compartilhe informações de inteligência com países que permitam que a Huawei Technologies opere sua tecnologia de rede 5G.

O governo de Donald Trump tem pressionado seus aliados a proibirem a participação da Huawei no desenvolvimento das redes 5G. O mesmo foi feito com o Brasil, que deve fazer o leilão de concessão do 5G em breve. No entanto, de acordo com Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o Brasil não aceitará a pressão americana, e o leilão deve ocorrer apenas com base no mérito das empresas concorrentes.

Via: Reuters

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital