San Francisco decide continuar com a proibição de cigarros eletrônicos

80% dos eleitores votaram por manter a proibição que afeta principalmente a Juul, uma das maiores empresas do setor nos EUA
Rafael Rigues06/11/2019 13h02

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Eleitores em San Francisco, nos EUA, rejeitaram com 80% dos votos uma proposta para reverter a proibição na venda de cigarros eletrônicos. Uma das empresas afetadas pela medida, a Juul, gastou US$ 10 milhões em esforços para revertê-la até que o novo CEO, K.C. Crosthwaite, desistiu do plano em setembro como parte de medidas para redução de custos, que incluem a demissão de 10 a 15% dos funcionários.

Por lei, cigarros eletrônicos (também conhecidos como e-cigs) devem passar por aprovação da FDA (Food and Drug Administration, equivalente à nossa Anvisa) antes que possam ser vendidos em San Francisco.

Dennis Herrera, advogado que representa o município, afirma que “os eleitores de San Francisco são espertos demais para serem enganados pela Juul. A empresa está usando táticas clássicas das grandes empresas de tabaco para viciar em nicotina uma nova geração de crianças. Mas os eleitores conseguiram ver através das mentiras da Juul. San Francisco já tem algumas das leis contra cigarros eletrônicos mais duras em todo o país. Por lei, e-cigs deve passar por análise da FDA para que sejam certificados como seguros para a saúde pública. Completem sua análise na FDA e vocês poderão vender seus produtos aqui. Se não o fizerem, não poderão. É simples assim”.

A Juul já vinha sendo duramente criticada pela venda de fluidos com sabores “frutados” , como manga e melão, para seus cigarros eletrônicos, que são mais atraentes a um público jovem. Outro ponto de crítica são campanhas de marketing, algumas dentro de escolas, apontando seu produto como “mais seguro” que os cigarros convencionais.

Mas o principal ponto de crítica aos e-cigs é uma misteriosa doença que vem hospitalizando usuários em todos os Estados Unidos com sérios problemas pulmonares, e que já causou a hospitalização de mais de 1.000 pessoas e 23 mortes. Uma causa ainda não foi identificada, embora análises preliminares apontem para o uso de fluidos adulterados, especialmente em produtos à base de maconha.

Fonte: TechCrunch

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital