EUA consideram proibir a venda de cigarros eletrônicos com sabor

O anúncio foi feito por Donald Trump. De acordo com o presidente, as versões saborizadas são as principais responsáveis pelo vício entre os jovens
Luiz Nogueira12/09/2019 14h43, atualizada em 12/09/2019 17h09

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O Presidente norte americano, Donald Trump, anunciou que a Food and Drug Administration (FDA) considera a decisão de retirar do mercado e proibir a venda de todos fluidos e cigarros eletrônicos com sabor nos Estados Unidos.

De acordo com o anúncio, que foi realizado na última quarta-feira (11), essa proibição seria inevitável se empresas como a Juul, fabricante de cigarros eletrônicos, não tomassem medidas para coibir o aumento do uso desse tipo de produto entre os jovens. Trump ainda informou que nas próximas “duas semanas” os órgãos reguladores terão algumas “recomendações muito fortes” sobre quais decisões tomar em relação ao assunto.

Um dia antes do anúncio de Trump, Melania Trump, esposa do presidente, tuítou que estava “profundamente preocupada com a crescente epidemia do uso de cigarros eletrônicos entre nossas crianças. Precisamos fazer tudo o que pudermos para proteger o público de doenças e mortes relacionadas ao tabaco, e impedir que os cigarros eletrônicos se tornem uma rampa de acesso à nicotina para uma geração de jovens.”

A FDA disse que os cigarros eletrônicos com sabor podem apresentar uma ameaça ainda maior que os cigarros tradicionais. Isso porque a agência considera que os sabores frutados, como manga, podem atrair crianças e adolescentes. Eles ainda informaram que, ao experimentar primeiro um produto com sabor, os jovens podem se viciar mais facilmente.

A Juul já foi alertada sobre suas práticas de marketing. A empresa foi acusada de alegar que seus produtos são menos prejudiciais que os cigarros tradicionais. Essa é uma afirmação que a empresa não está autorizada a fazer. Outro incidente que levou a essa discussão foi a visita de um representante da Juul a uma sala de aula, durante uma reunião para discussão de vícios. Ele disse para os jovens que seu produto era “totalmente seguro”.

Como forma de proteção, os EUA estão adotando medidas para coibir a venda desse tipo de produto. No final de agosto o país registrou o primeiro caso de morte ligado ao uso de cigarro eletrônico. Esse caso acendeu um alerta da crise que esses dispositivos podem causar.

Na semana passada, Michigan se tornou o primeiro estado a proibir a venda de cigarros eletrônicos com sabor. Em junho, São Francisco tomou medidas mais radicais: a cidade proibiu a venda de qualquer tipo de cigarro eletrônico.

Via: Gizmodo

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital