Nos últimos tempos, o TikTok se viu no meio de uma grande polêmica sobre a sua segurança, chegando a ser banido na Índia e nos Estados Unidos. Se para o aplicativo a maré é de azar, para seu rival Likee, também chinês, o momento é bem proveitoso. Isso pq o app atingiu a marca de 150 milhões de usuários ativos, segundo relatório da Joyy, sua criadora.
Para efeito de comparação, no início do ano, o TikTok atingiu 200 milhões de usuários ativos. A pandemia do novo coronavírus e a necessidade do isolamento social ajudou a impulsionar os números da rede social, enquanto toda a polêmica com os Estados Unidos fez seu crescimento cair ligeiramente, por enquanto.
Apesar da rivalidade, o Likee possui algumas ferramentas diferentes. O envio e recebimento de presentes virtuais permite que influenciadores ganhem dinheiro muito mais facilmente se comparado ao TikTok, que depende mais de investimento externo de marcas.
Aplicativo tem aproveitado polêmica em torno do TikTok paraa crescer. Foto: Divulgação
No entanto, sua origem também chinesa pode impedir um crescimento ainda maior. A Índia, por exemplo, era o maior mercado do aplicativo, que foi um dos banidos pelo país recentemente, junto com o TikTok e muitos outros. Apesar disso, após o acontecido, a Joyy afirmou que mudou seu foco para outros mercados e, embora a proibição tenha um impacto a curto prazo, “não afeta a estratégia geral”.
Já nos Estados Unidos, o aplicativo tem um crescimento rápido atualmente. Em apenas um mês, o Likee acumulou 7,25 milhões de downloads, superando o Triller, outro app do gênero. Além disso, registrou um aumento significativo de downloads na Rússia e na Indonésia. No Brasil, o Likee está disponível para Android e iOS.
Polêmica do TikTok
Na sexta-feira (31), Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, disse que assinaria uma ordem executiva para que o TikTok, plataforma mantida pela chinesa ByteDance, seja proibido de operar no país.
“No que diz respeito ao TikTok, estamos proibindo-o nos Estados Unidos. Assinarei o documento amanhã”, disse Trump a repórteres que estavam a bordo do avião presidencial Air Force One.
A medida seria o resultado das preocupações de autoridades dos Estados Unidos com a segurança do país, já que há acusações de espionagem contra o aplicativo de vídeos curtos. A decisão acerta em cheio a ByteDance, que recentemente se tornou um dos poucos conglomerados chineses verdadeiramente globais graças ao sucesso comercial do TikTok.
Via: TechCrunch