Remédios entregues em drones podem diminuir taxa de mortalidade materna na África

Os drones, que têm alcance de até 40 km, são responsáveis pela entrega de medicamentos em áreas de difícil acesso; a ideia é prevenir complicações no parto de mulheres nessas regiões
Luiz Nogueira11/02/2020 13h57, atualizada em 11/02/2020 14h23

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Serra Leoa tem uma das maiores taxas de mortalidade materna do mundo. Um relatório do governo estima cerca de mil mortes a cada 100 mil nascidos vivos no país. Grande parte das causas dos óbitos está ligada a razões evitáveis. Sangramento, infecções e abortos espontâneos estão entre as causas mais comuns. No entanto, uma nova inciativa de drones no país pode mudar esse quadro.

Inicialmente, o projeto, criado pela Unicef, leva ocitocina, remédio para regular as contrações e impedir sangramento durante o parto, para locais de difícil acesso usando drones de controle remoto.

Os drones, controlados do oeste da África através do primeiro ‘corredor de drones’ do país, podem ser conduzidos por até 40 km. Isso faz com que os medicamentos cheguem a locais isolados, onde os níveis de complicações e mortes no parto estão entre os maiores do mundo.

Reprodução

Muitos hospitais de Serra Leoa não possuem energia elétrica estável, o que dificulta o armazenamento de medicamentos. Para uma das enfermeiras da região, “a tecnologia dos drones é uma ótima ideia. O fluxo de pacientes deve aumentar, já que muitos deles evitam vir ao hospital, pois sabem que não há medicamentos para tratar emergências”.

Para Shane O’Connor, especialista em Desenvolvimento Técnico da Unicef, a ideia é “procurar respostas rápidas para a emergência, mas também entender quais as necessidades básicas de todo o país”. A Unicef criou rotas de drones em lugares como Malawi, Vanuatu e Cazaquistão, mas tem planos para expandir a ideia para Namíbia.

Via: BBC

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital