Reator nuclear compacto é o primeiro do tipo a obter aprovação nos EUA

Criado pela empresa NuScale, projeto conta com 23 metros de altura e cinco metros de largura
Luiz Nogueira01/09/2020 20h49, atualizada em 01/09/2020 21h00

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Os chamados “pequenos reatores nucleares” surgiram para tentar impulsionar a popularização da energia nuclear. Ao dividir uma instalação do tipo em uma série de reatores menores, é possível fazer com que eles sejam fabricados em pequenas versões que, quando implementadas com vários outros semelhantes, possam ter a mesma capacidade de um grande reator, sem a necessidade de construir um complexo gigante para acomodá-lo.

Para tentar colocar isso em prática, a empresa NuScale criou um “pequeno” reator nuclear modular, que acabou de receber uma certificação de projeto da Comissão Reguladora Nuclear dos Estados Unidos. Isso significa que a criação atende aos requisitos de segurança necessários. Além disso, abre precedentes para que seja escolhido para projetos futuros.

O “pequeno” reator é um cilindro de aço com 23 metros de altura e cinco metros de largura, capaz de produzir 50 megawatts de eletricidade. A empresa criadora da tecnologia informa que imagina uma usina empregando até 12 desses reatores em um grande espaço para chegar próximo da capacidade das usinas nucleares atuais.

O projeto utiliza barras de urânio para aquecer água em um circuito interno pressurizado. Essa água transfere sua alta temperatura para um circuito de vapor externo por meio de uma serpentina. Dentro da usina, o produto resultante seria levado para uma turbina geradora que, após um processo de resfriamento, seria levado de volta para os reatores.

A criação também conta com um sistema de resfriamento passivo, de forma que nenhuma bomba ou peça móvel seja necessária para manter o reator operando com segurança. No caso de um problema, o ele é projetado para simplesmente gerenciar seu calor automaticamente.

Uma vantagem do design modular pequeno é que cada unidade retém uma quantidade menor de combustível radioativo e, portanto, tem uma quantidade menor de calor para se livrar em situações de problema. Agora, com a aprovação, a empresa planeja implementar os primeiros reatores em “meados da década de 2020”.

Via: ARSTechnica

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital