Em um futuro pós-apocalíptico, o que aconteceria com a Terra se os humanos saíssem de cena? Assumindo que o resto da vida não seja extinguida pela ação do homem, a história mostra que pode-se esperar mudanças drásticas quando os humanos deixarem de ser a espécie dominante.
Parece pouco provável que algum outro primata ou mamífero desenvolva inteligência e sociedade humana. De todas as espécies que foram animais dominantes em algum momento, os humanos estão sozinhos na destreza manual e inteligência. Com isso, é possível afirmar que essas características não são requisitos para a dominação nem prováveis de evoluir. Consequentemente, é um erro imaginar que os sucessores sejam criaturas inteligentes ou sociais, ou ainda capazes de falar e usar tecnologia humana.
O mundo viveu uma série de eventos de extinção em massa ao longo do tempo. Depois de cada evento, a diversificação da vida foi relativamente rápida. As pequenas criaturas que corriam sob os dinossauros eram muito diferentes dos ursos das cavernas, assim como as baleias se diferenciavam dos mastodontes. Da mesma forma, os répteis que sobreviveram à extinção do Permiano, que matou 90% das espécies marinhas e 70% das terrestre, não se pareciam com os pterossauros e dinossauros nem com os mamíferos e aves que descendem deles.
Sendo assim, muitos cogitam a possibilidade de algum inseto “reinar” no planeta, como as formigas.
Em “Wonderful Life: the Burgess Shale and the Nature of History”, Stephen J. Gould afirmava que o acaso desempenhou um grande papel durante as principais transições da vida animal. Há espaço para argumentar sobre a importância relativa disso na história da vida, mas a percepção de Gould de que dificilmente podemos prever o sucessor das linhagens modernas além de uma extinsão futura é um lembrete da complexidade das transições evolutivas.
Portanto, embora seja possível que as formigas se apoderem da Terra, a real forma de seus descententes dominantes fica mesmo por conta da imaginação.
Via: The Next Web