MIT cria monitor que detecta posições do corpo durante o sono

BodyCompass registra as posturas por sinais de rádio; aparelho pode ajudar na prevenção de doenças como Parkinson e epilepsia
Leticia Riente11/09/2020 18h39, atualizada em 11/09/2020 19h30

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Os pesquisadores do MIT desenvolveram o que está sendo chamado de BodyCompass. O aparelho consiste em um monitor de parede que pode detectar em qual posição a pessoa está dormindo. O aparato foi criado com o objetivo de ajudar na prevenção de doenças, como Parkinson, epilepsia ou escaras.

Toda a constatação de posições durante o período em que a pessoa está dormindo é realizada por sinais de rádio. O monitor detecta as movimentações da barriga e do peito do usuário, que ricocheteiam para o monitor. A vantagem é que a abordagem não necessita de sensores instalados junto ao corpo da pessoa, podendo dormir confortavelmente.

Reprodução

Monitor registra e faz análise de posições durante o sono. Créditos: Lia Koltyrina/Shutterstock

Durante os testes, era preciso “treinar” o equipamento para diferenciar objetos de pessoas. Por isso, os sinais de rádio se concentram na barriga e no peito, ou seja, partes do corpo que mexem enquanto o indivíduo respira. Após a verificação e volta do sinal ao monitor, os dados são enviados para a nuvem, para análise do que foi captado.

Para deixar o sistema totalmente funcional, 26 voluntários tiveram o descanso monitorado durante uma semana. Mais de 200 horas de sono foram avaliadas. Como resultado, o BodyCompass previu corretamente 94% das posturas corporais durante o sono.

Identificação de doenças

De acordo com Shichao Yue, um dos responsáveis pelo BodyCompass, o monitor pode ajudar de várias formas, principalmente para ajudar a detectar doenças que afetam o sono. Yue ressalta a doença de Parkinson, por exemplo, quando a pessoa perde a capacidade de se mexer durante a noite. O mesmo ocorre com pacientes portadores de epilepsia.

O BodyCompass também pode ser extremamente útil em casos de pessoas com escaras, apneia do sono, ou até apenas para monitorar o sono de um bebê. O equipamento também pode contribuir para a elaboração e produção de colchões inteligentes. “Pode ser um dispositivo médico ou um produto de consumo, dependendo das necessidades”, conclui Yue.

Via: Engadget/MIT News

Colaboração para o Olhar Digital

Leticia Riente é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital