Implante bioeletrônico pode ajudar pacientes com Parkinson

Transdutores incorporados ao implante permitem que ele seja carregado e controlado de fora do corpo. A tecnologia elimina a necessidade de novas cirurgias para troca de bateria ou calibragem
Renato Mota20/02/2020 17h40

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Um dos maiores empecilhos de qualquer implante neural é o fornecimento limitado de energia. Uma cirurgia no cérebro não é algo trivial, e ter que passar pelo processo novamente para a troca de baterias pode representar um tremendo desgaste para pacientes. Porém, uma equipe de engenheiros da Rice University apresentou o primeiro implante neural que pode ser programado e carregado remotamente com um campo magnético.

A descoberta pode possibilitar dispositivos embutidos e com um transmissor magnético alimentado por bateria em um cinto externo. O microssistema integrado, chamado MagNI, incorpora transdutores eletromagnéticos. Isso permite que o chip colha energia de um campo magnético fora do corpo.

O MagNI pode ser usado em implantes que requerem estimulação elétrica programável dos neurônios, por exemplo, para ajudar pacientes com epilepsia ou doença de Parkinson. O dispositivo ainda tem vantagens sobre os métodos atuais de estimulação, incluindo ultrassom, radiação eletromagnética, acoplamento indutivo e tecnologias ópticas, uma vez que os tecidos não absorvem campos magnéticos e tampouco aquecem com a transmissão.

“O ultrassom não tem o problema do aquecimento, mas as ondas são refletidas nas interfaces entre diferentes mídias, como cabelo, pele ou ossos”, explica Kaiyuan Yang, professor assistente de engenharia elétrica e de computação da Rice University. Como o campo magnético também transmite sinais de controle, Yang afirma que o MagNI também é “livre de calibração”.

Via: Techxplore

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital