Lyft anuncia suspensão de suas atividades na Califórnia

Decisão se deu após mudanças na legislação sobre a contratação de autônomos; Uber também cogita encerrar atividades no estado, mas ainda não anunciou oficialmente
Da Redação20/08/2020 17h56, atualizada em 20/08/2020 18h08

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O aplicativo de transporte urbano com motoristas particulares Lyft anunciou nesta quinta-feira (20) que vai suspender suas atividades na Califórnia, nos Estados Unidos. A suspensão das operações pelo aplicativo acontece após um juiz estadual determinar que a Lyft e outras empresas de transporte como a Uber, passem a empregar seus motoristas e não mais somente classificá-los como colaboradores autônomos.

A decisão do Tribunal Superior de Justiça da Califórnia segue a nova legislação de janeiro deste ano denominada “Lei AB5” que altera o modelo tradicional para contratação de autônomos.

A Lyft e a Uber foram processadas por procuradores de várias cidades do estado em maio sob o argumento de que seus motoristas foram erroneamente classificados como autônomos, quando deveriam ter sido contratados conforme a nova legislação AB5 e empregados de forma tradicional.

O Tribunal, então, decidiu a favor dos procuradores e ordenou que as empresas reclassificassem seus motoristas de acordo com a nova legislação. Diante da decisão, a Lyft preferiu encerrar seus serviços no estado americano e, assim, não cumprir a ordem judicial.

“Há muitos anos temos defendido um caminho para oferecer benefícios aos motoristas que usam a  Lyft – incluindo uma garantia de ganhos mínimos e subsídios para planos de saúde –, mantendo a flexibilidade e o controle que os autônomos tanto apreciam. Nossos motoristas disseram várias vezes que isso é importante para eles”, afirmou a empresa em comunicado.

iStock-1180489419.jpgLyft e Uber foram fundadas a Califórnia. Créditos: iStock

O que diz o Uber

Embora não tenha anunciado oficialmente, a Uber também disse que também pretende encerrar suas atividades na Califórnia.

Em entrevista ao podcast Pivot School nesta quarta-feira (19), o CEO da Uber Dara Khosrowshahi rejeitou a ideia e disse que a empresa não pode contratar 50 mil pessoas “do nada”.

O CEO também confirmou que a empresa está pensando em outros modelos, como uma espécie de franquia em que a empresa licenciaria sua marca para operadores de frotas na Califórnia, por exemplo. “Vai levar tempo, mas vamos descobrir uma maneira de continuar na Califórnia”, disse ele.

Fonte: The Verge




Colaboração para o Olhar Digital

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