‘Loja’ no YouTube: usuários poderão comprar produtos direto dos vídeos

Empresa vem testando, de forma limitada, a implementação de 'lojas' dentro dos vídeos para que usuários assistam e comprem em um único lugar
Wellington Arruda09/10/2020 20h10, atualizada em 09/10/2020 20h35

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Em breve, o YouTube poderá se tornar um lugar único para que os usuários também possam fazer compras. Segundo um porta-voz, a empresa vem tendo resultados positivos da integração com a plataforma de e-commerce Shopify. A ideia seria que os usuários assistam a um vídeo sobre um produto, como um brinquedo ou um smartphone, por exemplo, e possam fazer a compra dele sem sair da plataforma.

A companhia também vem pedindo aos criadores de conteúdo para que usem um software do próprio YouTube para marcar e monitorar os produtos que são apresentados em seus vídeos. Esses dados são processados pelo Google, e então vinculados às ferramentas de compras que deverão ser implementadas posteriormente.

Além de ser uma das maiores empresas de publicidade do mundo, o YouTube também pode ganhar espaço no campo da Amazon. Mais recentemente, o Instagram também começou a testar em seus vídeos – no IGTV e Reels – uma nova forma para que os usuários possam fazer compras de forma mais simplificada.

Mudança de negócios

Reprodução

YouTube ainda não informou uma data para que novo recurso de compras na plataforma seja lançado. Imagem: Leon Bublitz (Unsplash)/Reprodução

Bem como em boa parte dos outros recursos, a ‘loja’ dentro do YouTube não estará pronta para todos os usuários de todas as regiões de imediato. A empresa vem testando os recursos em um número limitado de canais. O porta-voz, cujo nome não foi revelado, afirmou que os criadores terão controle sobre os produtos listados.

A empresa não deu detalhes sobre como deverá integrar tais recursos à plataforma. Essa, porém, pode ser uma grande oportunidade de negócio: o YouTube possui mais de dois bilhões de usuários ativos mensalmente.

Na parceria com a Shopify, o YouTube passou a permitir que criadores adicionem até 12 itens à venda em um carrossel abaixo dos vídeos. Não foi detalhado, porém, como a empresa deverá gerar receita com esse novo formato.

No segundo trimestre do ano a Alphabet, empresa-mãe do Google, anunciou receita de US$ 38,3 bilhões, ou 2% a menos em relação ao mesmo período de 2019. Já o lucro líquido caiu de US$ 9,9 bilhões para US$ 6,9 bilhões na mesma comparação. Isoladamente, o YouTube viu sua receita subir de US$ 3,6 bilhões para US$ 3,81 bilhões.

Fonte: Bloomberg

Wellington Arruda é editor(a) no Olhar Digital