É curioso como as coisas podem acontecer rápido. Pouco mais de dois meses depois de a Samsung apresentar o Galaxy Note 7, o aparelho já foi descontinuado, e a empresa não tem mais a pretensão de recoloca-lo no mercado. Mas o que aconteceu de lá para cá, que tornaram o aparelho, que tinha tudo para ser um dos melhores (talvez o melhor) de todos os tempos, no maior fiasco da indústria?
Acompanhe na linha do tempo abaixo.
2 de agosto: Samsung apresenta Galaxy Note 7 e deixa boa impressão do aparelho
16 de agosto: saíram as primeiras análises da imprensa internacional, e elas foram extremamente positivas
19 de agosto: começam as vendas do celular em 10 países
24 de agosto: primeiro caso conhecido do celular pegando fogo. Na ocasião, imaginava-se que poderia ser um caso isolado.
31 de agosto: a empresa decide adiar a entrega do Note 7 para investigar as acusações de que o aparelho estava explodindo
2 de setembro: empresa anuncia recall global do aparelho, identificando um problema maior
2 de setembro: por causa dos problemas, chegada ao Brasil foi adiada (para o dia de São Nunca, como se sabe agora)
5 de setembro: estima-se que a Samsung tenha perdido US$ 1 bilhão com o primeiro recall
8 de setembro: A FAA, órgão que administra a aviação dos Estados Unidos, começa a pedir que usuários desliguem o Galaxy Note 7 durante o voo, para evitar perigos de incêndio. A decisão seria seguida em vários países, incluindo o Brasil.
9 de setembro: Samsung tenta explicar por que as baterias estão explodindo
12 de setembro: aparelho explode nas mãos de criança de 6 anos
13 de setembro: Samsung cria “gambiarra” com atualização de software que impede que a bateria do celular carregue a níveis acima de 60%
15 de setembro: agência de proteção ao consumidor dos EUA oficializa recall no país, solicitando o retorno de 1 milhão de aparelhos vendidos no país.
15 de setembro: venda do aparelho se torna ilegal nos EUA; pelo menos 26 pessoas se machucaram com o superaquecimento
16 de setembro: Samsung recebe o primeiro processo por explosões
19 de setembro: Surge a informação de que o desenvolvimento do aparelho do Note 7 foi apressado para combater o iPhone 7, que, segundo os rumores, seria desapontador.
21 de setembro: começam as vendas das novas e teoricamente seguras unidades do Note 7
30 de setembro: 1 milhão de unidades “seguras” do Note 7 já estavam nas mãos dos clientes
5 de outubro: Versão supostamente segura do Galaxy Note 7 pega fogo em avião, causando a evacuação da aeronave, que, felizmente, ainda estava estacionada.
8 de outubro: começam a se multiplicar os relatos de que unidades seguras do Note 7 estavam pegando fogo; um homem foi parar no hospital por inalar a fumaça
10 de outubro: Samsung suspende a produção do Note 7 para investigar a situação
10 de outubro: Samsung anuncia novamente a paralisação das vendas do aparelho e pede que quem tem um Note 7 o desligue imediatamente e o retorne na loja em que o adquiriu
11 de outubro: Samsung desiste do Galaxy Note 7 em definitivo