Testamos: Galaxy Note 7 une beleza e potência

Redação03/08/2016 15h19, atualizada em 03/08/2016 17h40

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RIO DE JANEIRO* – A Samsung apresentou ontem, no Rio de Janeiro, o Galaxy Note 7, seu novo smartphone top de linha que chega ao Brasil na primeira quinzena de setembro por R$ 4.300. Nós experimentamos o aparelho brevemente e adiantamos que o que já era bom no Galaxy Note 5, a versão anterior, ficou melhor: o novo modelo ganha recursos úteis e avanços interessantes.

ReproduçãoA principal novidade do Note 7 é o scanner de íris. Agora o usuário pode destravar o celular usando um leitor de retina. Em nossos testes, o recurso se mostrou funcional e fácil de usar. Basta ajustar as configurações para que o celular “leia” a íris e, assim, libere o acesso ao dono do aparelho muito rapidamente, em milésimos de segundo. A tecnologia reconhece óculos de grau, mas não lentes ou óculos reflexivos, e funciona a uma distância de 25 centímetros dos olhos.

Segundo Renato Citrini, porta-voz da Samsung, o scanner de íris é 200 vezes mais seguro que o leitor de impressões digitais, já bastante difundido no mercado. A tecnologia – que acena como tendência móvel – foi desenvolvida pela empresa ao longo de cinco anos e teve como principal desafio a elaboração de um algoritmo capaz de garantir a unicidade das pessoas. O sistema será inclusive expandido para o Samsung Pay, plataforma de pagamento móvel da empresa, e também poderá ser utilizado por bancos interessados em propor a funcionalidade aos clientes. Já há negociações em curso.

À prova de água e poeira, o Galaxy Note 7 “pega emprestado” as bordas curvas do Galaxy S7 Edge e agora está mais elegante. A curvatura amplia o campo de visão e ajuda a disfarçar o tamanho da tela (5,7 polegadas), que não mudou em relação à do Note 5. A Samsung aplicou no aparelho o nova versão do vidro Gorilla Glass, que promete ser quatro vezes mais resistente contra quedas, riscos e arranhões. Assim, o aparelho tem acabamento e metálico e traseira de vidro que, embora esteja mais forte, ainda absorve gordura e cria manchas após alguns minutos de uso, além de passar uma sensação de fragilidade, por mais que a empresa prometa resistência.

Em time que está ganhando não se mexe. A tela do novo phablet da Samsung é Super AMOLED com resolução Quad HD (2560 x 1440 pixels), mantendo a boa qualidade da versão anterior. Afinal, a quantidade de pixels é mais do que suficiente para garantir uma boa experiência em um painel de 5,7 polegadas. Em nossos testes, percebemos um alto nível de saturação, contraste, brilho e cores.

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Outra parte do celular emprestada do Galaxy S7 é a câmera, área em que a Samsung tem se destacado. Com sensor Dual Pixel, que apresenta foco rápido e preciso, as câmeras têm 12 MP (traseira) e 5 MP (frontal) e ganharam um novo e avançado sistema de estabilização óptica. O celular conta ainda com a tecnologia HDR, deixando o “claro mais claro” e o “escuro mais escuro” com maior fidelidade na reprodução das imagens. Se o S7 tem a melhor câmera do momento, agora o Note 7 também tem.

Em termos de desempenho, o Galaxy Note 7 vai bem. O aparelho tem processador Exynos de oito núcleos, desenvolvido pela própria Samsung, e 4GB de RAM. Para alegria dos usuários, o phablet vem com 64GB de armazenamento (o dobro do Note 5) e oferece a possibilidade de expansão para 256GB com cartão microSD. Por falar nisso, o Note 7 apresenta a entrada USB-C, para que o cabo possa ser encaixado de qualquer lado, assim como o rival Moto Z, o que também traz maior versatilidade e velocidade de carregamento. Para evitar incompatibilidade, o modelo vem com um adaptador para conexões antigas.

O Note 7 está mais potente e rápido. Segundo a Samsung, a CPU do aparelho é 30% mais poderosa que a do Note 5 e a GPU (responsável pela parte gráfica) avançou 58% em relação ao modelo anterior. Isso faz com que as transições de tela sejam rápidas e não apresentem travamentos. Para acompanhar o upgrade, a empresa melhorou a bateria do aparelho que agora tem 3.500 mAH, contra 3.000 mAH do antecessor. Ainda não sabemos, porém, como esta melhoria se traduz no uso do dia-a-dia.

E a tradicional caneta S Pen? Sim, ela existe e está 50% mais fina que a anterior, com ponta de 0.7 milímetros. O acessório é acompanhado de um novo e remodelado app de Notas, que concentra tudo o que o usuários rabisca ou escreve na tela do aparelho. Além disso, a caneta funciona como tradutor simultâneo e permite a criação de GIFs a partir de vídeos de diferentes aplicativos. Sua precisão e tempo de resposta junto à tela impressionam.

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Conclusão

O Galaxy Note 7 não propõe nenhuma revolução, mas tem lugar cativo no topo do mercado brasileiro de smartphones unindo potência e beleza. A adoção do scanner de íris – embora não seja inédita no setor – é uma conveniência a mais para o usuário e uma aposta interessante para aumentar a segurança das informações. O preço de R$ 4.300, claro, é alto, e está equiparado aos dispositivos top de linha das outras fabricantes, incluindo a arquirrival Apple.

*O jornalista viajou a convite da Samsung

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital