O Google revelou ontem os números de adoção das diferentes versões do seu sistema operacional até o mês de abril de 2017. E, embora o Android 7, “Nougat” (sua versão mais recente), tenha crescido consideravelmente, ele por enquanto só está disponível em menos de 5% dos aparelhos com o sistema.
No total, apenas 4,9% dos dispositivos Android têm a versão 7. Esses 4,9% se dividem entre 4,5% na versão 7.0 e apenas 0,4% na versão 7.1. No comparativo com o mês passado, a versão 7.1 se manteve estática; a 7.0, contudo, cresceu bastante, saltando de 2,4% para 4,5%. Ao longo dos próximos meses, com o lançamento de novos smartphones top de linha, como o LG G6 e o Samsung Galaxy S8, essa porcentagem deve seguir crescendo.
A versão mais utilizada do Android continua sendo a 6, “Marshmallow”: 31,3% dos dispositivos Android usam-na. Por outro lado, as versões 5.0 e 5.1 (ambas conhecidas pela alcunha de “Lollipop”) seguem superando a Marshmallow quando somadas. Respectivamente, elas estão em 9% e 23% dos celulares com esse sistema. O gráfico abaixo mostra as distribuições:
Risco de segurança
Juntas, as versões mostradas acima correspondem a 68,1% dos aparelhos Android. Isso significa que os outros 31,9% usam versões do sistema operacional que já têm três anos ou mais de idade. Isso representa um risco de segurança considerável aos usuários, já que, a cada atualização, o sistema operacional corrige brechas que colocavam o aparelho e os dados do usuário em risco.
Um dos motivos para essa “lentidão” é o fato de que os fabricantes normalmente adaptam e modificam as novas versões do Android antes de enviar as atualizações a seus usuários – o que já rendeu até mesmo um processo para a Samsung. Por conta desse problema, associações de liberdades civis alertam para o fato de que, na prática, apenas os celulares Nexus, Pixel e iPhone são de fato seguros – já que eles recebem atualizações prontamente.
Para a Apple, essa questão praticamente nem é um problema – afinal, a própria empresa fabrica todos os dispositivos que utilizam seu sistema operacional, e por isso não sofre esses atrasos de distribuição. Um dia depois do lançamento do iOS 10, ele já estava em 14% dos aparelhos da Apple; na última aferição, ele havia chegado a 76%.