A Samsung está entre as empresas conhecidas por demorar a liberar as atualizações para seus smartphones Android. Isso acontece há alguns anos, mas agora a companhia coreana terá que responder por isso judicialmente, pelo menos na Holanda. Por lá, a principal agência de proteção ao consumidor, a Consumentenbond, decidiu processar a Samsung pelos atrasos, que expõe os usuários a diversos ciberataques.
O processo pouco tem a ver, na verdade, com ter todos os novos recursos do Android. Não é sobre rodar o Android Lollipop ou Marshmallow no celular e ter acesso sempre aos novos recursos. A ideia é que a empresa seja mais ativa no que tange as atualizações de segurança ou desempenho, essas, sim, realmente importantes.
O Consumentenbond pede duas coisas para a Samsung. A primeira delas é que a empresa passe a ser clara com seus usuários e indique o tempo de duração do suporte a todos os aparelhos. A segunda exigência é que a empresa realmente atualize seus aparelhos.
A associação reconhece que a Samsung não é a única culpada nessa história toda, e que outras fabricantes adotam as mesmas práticas. No entanto, a coreana é a maior fabricante de smartphones Android no mundo com folga, o que faz com que ela também sirva de exemplo para outras empresas.
No ano passado, a falha apelidada de Stagefright chacoalhou o ecossistema Android, forçando as fabricantes a pelo menos prometer dar mais atenção aos updates. O Google, que libera mensalmente boletins de segurança, se comprometeu a soltar updates mensais para o AOSP (o Android puro ao qual todas as fabricantes tem acesso) e para os aparelhos Nexus. Ao mesmo tempo, empresas como LG e Samsung também se juntaram para levar atualizações mensais aos seus clientes. Pelo menos foi o prometido.