O Departamento de Justiça dos Estados Unidos entrou com uma ação civil para confiscar ativos digitais que somam mais de US$ 1 bilhão em bitcoins de uma carteira ligada ao Silk Road, o primeiro mercado darknet moderno. A conta em questão está inativa desde 2015.

Os agentes federais combinaram ferramentas de análise de blockchain para identificar as maiores carteiras de criptomoedas com conexões ao Silk Road. De acordo com Tom Robinson, cofundador empresa de análise Elliptic, disse no Twitter que a conta confiscada era a quarta maior do mundo.

Quando a rede Silk Road foi derrubada, em 2013, os 69.369 BTC depositados na carteira valiam cerca de US$ 350. Sete anos depois, a explosão do preço do bitcoin fez seu valor subir para mais de US$ 975 milhões. A última movimentação na carteira aconteceu em 2015, quando alguém transferiu 101 BTC de lá para a BTC-e – uma bolsa de bitcoin cujo fundador foi preso em 2017 sob acusações de ter lavado US$ 4 bilhões em criptomoedas.

FBI/Reprodução

O Silk Road foi desativado por agentes do FBI e do Departamento de Justiça em 2013. Imagem: DOJ/Reprodução

O valor confiscado foi transferido para uma carteira controlada pelo governo, e será movido para o Fundo de Confisco do Tesouro dos EUA, que financia programas inovadores de aplicação da lei. Um dos projetos, por exemplo, desenvolve ferramentas de análise de blockchain e treina agentes a identificar e apreender fundos ilícitos na rede.

A transação foi notada pelo bot do Twitter @Whale_alert, que sinaliza grandes movimentações de criptomoedas. O alerta levou muitos a especular se a carteira havia sido hackeada ou se o proprietário mesmo executou a transação.

Via: ArsTechnica