IBM quer dobrar sua capacidade de computação quântica a cada ano

A empresa quer se tornar líder no setor, e só no último trimestre adquiriu três computadores quânticos - aumentando sua galeria para 18 equipamentos
Renato Mota07/05/2020 21h35

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A IBM agora possui 18 computadores quânticos, com três novas aquisições neste trimestre, ressaltando o esforço da empresa para se tornar líder neste setor ainda relativamente inexplorado – mas muito promissor. Em comparação, o laboratório de computadores quânticos do Google possui apenas cinco desses aparelhos, enquanto a Honeywell possui seis máquinas.

O investimento foi anunciado pelo chefe da IBM Research, Dario Gil, na última quarta-feira (6) durante a conferência Think – realizada online por causa da pandemia de Covid-19. O especialista ainda comentou a visão da empresa para a computação quântica, um cenário no qual as pessoas não terão seu próprio computador quântico, mas poderão acessá-los por meio de serviços na nuvem.

“Até agora, 230 mil pessoas usaram o Q Experience da IBM”, afirma Gil, referindo-se a plataforma da empresa que permite que usuários acessem os computadores quânticos para desenvolver e executar programas. Ao empacotar operações computacionais em receitas padrão, a IBM está tornando a computação quântica mais acessível.

“A computação se tornará uma abordagem híbrida, com bibliotecas de circuitos quânticos incorporados em programas clássicos”, acredita Gil. Em entrevista ao site CNet, o analista de sistemas da Tirias Research, Kevin Krewell, aprova a estratégia. “Em vez de reinventar uma linguagem de programação, eles adicionaram bibliotecas Python”.

O plano da IBM é pelo menos dobrar o desempenho de seus computadores quânticos a cada ano – algo que é feito há quatro anos até agora. Entre seus rivais, sua ambição só é comparável com a Honeywell, que está construindo uma variedade diferente de computadores quânticos, que conseguem operar em temperaturas menos geladas que o tradicional (algumas frações de graus acima do zero absoluto, de -273°C). A promessa é que essas máquinas aumentam seu volume quântico em um fator de 10 a cada ano.

O chefe da IBM Research diz que os computadores rivais têm potencial, mas “fizemos nossa lição de casa”, disse confiante. Segundo ele, o progresso da IBM virá em parte na miniaturização do hardware. Os pesquisadores da Big Blue esperam que assim seja possível aumentar o poder de processamento mesmo em temperaturas muito baixas.

Via: CNet

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital