A IBM anunciou hoje que permitirá que pessoas e instituições testem o seu processador quântico por meio de seus serviços de nuvem, sem nenhum tipo de cobrança. A iniciativa, chamada de IBM Quantum Experience, tem o objetivo de ajudar a divulgar as possibilidades da computação quântica.

De acordo com a empresa, instituições de ensino, pesquisa e outras empresas poderão acessar um processador quântico da IBM. O processador, mostrado acima, poderá ser acionado por meio de qualquer computador ou dispositivo móvel. Os dispositivos enviarão os dados e cálculos desejados para o processador quântico da IBM pela internet, e o computador então devolverá os resultados.

Além de realizar cálculos e executar algoritmos, a plataforma de computação quântica na nuvem da IBM também oferecerá tutoriais e simulações que mostram o que seria possível de se realizar com essa tecnologia. A página do projeto pode ser acessada por meio deste link.

O processador

O processador da IBM utiliza cinco qubits – unidades básicas de processamento de informação no nível quântico – para realizar os cálculos. Por utilizar materiais supercondutores e por ser muito frágil, o processador precisa ser refrigerado a -272,778ºC para funcionar.

Nos computadores tradicionais, cada bit pode ter o valor de 1 ou 0. Os qubits, por sua vez, podem assumir os valores 1, 0 ou os dois ao mesmo tempo, numa condição chamada de “superposição” – um dos pilares fundamentais da mecânica quântica. Por esse motivo, eles conseguem realizar cálculos de maneira muito mais rápida do que os processadores tradicionais.

Reprodução

Ele utiliza uma tecnologia desenvolvida pela própria IBM para detectar erros de cálculo realizados pelo processador quântico. Segundo a empresa, a arquitetura utilizada nele pode ser eventualmente aumentada para chegar a 50 a 100 qubits. Um processador quântico de 50 qubits seria mais potente que o maior supercomputador disponível atualmente.

A IBM acredita que a computação quântica pode ser a próxima revolução no mundo da tecnologia, por conta da falência cada vez mais aparente da Lei de Moore. Gigantes da tecnologia e da ciência, como o Google e a NASA, também têm investido nesse ramo, e mesmo organizações supranacionais, como a União Europeia, investem em pesquisa nessa área. Outras empresas também apostam no uso de neurônios para criar computadores exponencialmente mais potentes.