A Hyperloop Transportation Technologies se prepara para lançar trens comerciais que podem atingir velocidade de até 1000 km/h através de levitação magnética. A ideia é baseada nos conceitos desenvolvidos por Elon Musk, CEO da Tesla. A empresa já iniciou um projeto nos Emirados Árabes Unidos (EAU) e tem planos futuros para o Brasil. A intenção é construir uma linha que permitiria ir de São Paulo ao Rio de Janeiro em apenas 25 minutos. Em efeito de comparação, uma viagem de avião entre as cidades leva 50 minutos.
“O Brasil deve figurar na segunda leva de investimentos, prevista para daqui a cinco anos”, estimou o fundador e CEO da HyperloopTT, Dirk Ahlborn. Apesar de manter conversas com empresas privadas, a negociação com o poder público não avança. A companhia chegou a anunciar um acordo para um centro de pesquisa em Contagem, em Minas Gerais. No ano seguinte, a parceria público-privada foi cancelada pois o governo estadual não liberou a verba necessária.
Rumores apontaram que o centro poderia ser instalado em São Paulo após o fracasso no primeiro acordo, mas Ahlborn afirmou que teve dificuldades na negociação com o governo paulista. Depois disso, a empresa mirou em Curitiba como novo ponto para seu laboratório.
Segundo o CEO da empresa, há falta de regras e regulamentações em relação a construção de trens movidos a levitação magnética. Isso torna o país um sonho distante para a HyperloopTT. Enquanto isso, seu projeto nos EAU está em curso. O trem vai ligar Abu Dhabi, Al-Ain e Dubai, uma distância de 150 km, em apenas 15 minutos.
O projeto custa aproximadamente R$ 180 milhões por quilômetro, totalizando R$ 27 bilhões. As primeiras viagens devem acontecer ainda em 2020, com previsão de 2023 para o início das viagens comerciais. Em 2018, a empresa também anunciou um acordo com a cidade chinesa Tongran, mas não divulgou mais nada depois disso.
Segundo o CEO da empresa, é possível usar estruturas já existentes, como as próprias rodovias, para a construção do trem. Além disso, diz que “o ideal é que o sistema não seja enterrado, para aproveitar a energia solar”. A tecnologia utiliza tubos com baixa pressão atmosférica, com um sistema magnético substituindo os trilhos. Com isso, ao invés de deslizar, as cápsulas com capacidade para 30 pessoas flutuam.
Via: Exame