Em mais um desdobramento da situação entre TikTok, de propriedade chinesa, e Estados Unidos, o Departamento de Comércio norte-americano disse que não obrigará a plataforma a encerrar seus serviços no país. No entanto, afirma que não desistirá da ação. 

Como justificativa para essa decisão repentina, o órgão citou uma liminar assinada por Wendy Beetlestone, juíza federal da Pensilvânia. Na ocasião, a magistrada decidiu que o Departamento de Comércio provavelmente ultrapassou sua autoridade quando tentou proibir o TikTok.

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De acordo com comunicado emitiro pelo governo, a ideia de impedir que o aplicativo opere foi “proibida e não entrará em vigor enquanto se aguarda outros desenvolvimentos legais”.

Em sua decisão a juíza afirmou que “os vídeos curtos criados e trocados no TikTok são expressivos e informativos, e são análogos aos ‘filmes’, ‘obras de arte’, ‘fotografias’ e ‘feeds de notícias’, além de protegidos pela Lei de Poderes econômicos de Emergência Internacional”.

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Reprodução

Apesar de desistir do banimento, Departamento de Comércio diz que não vai desistir da ação. Foto: XanderSt/Shutterstock

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O Comitê de Investimento Estrangeiro do governo dos Estados Unidos havia estabelecido que até 12 de novembro o TikTok deveria se desfazer de “quaisquer ativos tangíveis ou intangíveis de propriedade, onde quer que estejam localizados”. Caso isso não ocorresse, o serviço poderia ser obrigado a suspender suas atividades no país. 

A partir disso, a ByteDance, dona do app, decidiu vender parte de seus negócios nos Estados Unidos, transação que o presidente Donald Trump aprovou em setembro. No entanto, o acordo nunca foi assinado pelo governo chinês. No início desta semana, a companhia solicitou uma revisão das ações do presidente, já que não hão houve nenhum desdobramento nos últimos tempos.

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Proibição

Em agosto, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, disse que assinaria uma ordem executiva para que o TikTok, plataforma mantida pela chinesa ByteDance, fosse proibida de operar no país. Na ocasião, ele comentou com alguns jornalistas que “no que diz respeito ao TikTok, estamos proibindo-o nos Estados Unidos”.

A medida seria o resultado das preocupações de autoridades dos Estados Unidos com a segurança do país, já que havia acusações de espionagem contra o aplicativo de vídeos curtos. A decisão acertou em cheio a ByteDance, que se tornou um dos poucos conglomerados chineses verdadeiramente globais graças ao sucesso comercial do TikTok.

Via: The Verge