Google, Twitter e Facebook são pressionados a agir contra as fake news

União Europeia pressiona empresas a combaterem a desinformação em suas redes
Equipe de Criação Olhar Digital29/10/2019 19h20

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A Comissão Europeia afirmou nesta terça-feira (29) que Google, Facebook e Twitter devem fazer mais para combater as notícias falsas em suas redes ou correm o risco de enfrentarem uma ação de autoridades regulatórias. As informações são da agência de notícias Reuters.

O alerta do órgão executivo da União Europeia veio um ano após as gigantes da tecnologia, juntamente com Microsoft, Mozilla e sete outros órgãos comerciais europeus, assinarem um código de conduta voluntário para combate às fake news.

A Comissão agora elabora um regulamento conhecido como Lei dos Serviços Digitais. Esta lei estabelecerá regras de responsabilidade e segurança para plataformas, serviços e produtos digitais. No entanto, esta medida já despertou receios de uma intervenção violenta na indústria de tecnologia.

O último relatório mensal das empresas revelou uma grande divergência entre elas e forneceu poucos detalhes sobre o impacto das medidas tomadas, de acordo com três comissárias da UE em declaração conjunta.

“A propaganda e a desinformação automatizadas em grande escala persistem e há mais trabalho a fazer em todas as áreas do código de conduta. Não podemos aceitar que isso se trata de um novo normal”, afirmaram.

As empresas foram convocadas para cooperar com órgãos mais independentes. Um consultor independente contratado pela Comissão Europeia irá publicar o valor das multas no início o próximo ano, seguido pelo estudo sobre a UE feito pelo próprio executivo.

Esta mesma lei já havia causado desconforto, não tanto pelo conteúdo, mas por deixar as gigantes da internet sujeitas a ordens obrigatórias de “notificação e retirada”, forçando-as a remover conteúdo ilegal de seus sites, além de envolver questões de propriedade intelectual e direitos autorais. Outro ponto da lei envolve questões como publicidade política on-line e justiça no comércio eletrônico. A legislação provavelmente obrigará as empresas a sujeitarem seus algorítmos ao requisitos da Comissão.