Facebook e Twitter não vão remover anúncios falsos de políticos

Joe Biden, candidato à presidência pelo partido Democrata, pediu a remoção de anúncios da campanha de Trump, sobre seu filho Hunter Biden
Equipe de Criação Olhar Digital14/10/2019 15h31

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Facebook e Twitter não vão bloquear os anúncios feitos pela campanha de Donald Trump, em relação ao candidato à presidência pelo partido Democrata, Joe Biden. O anúncio foi feito pelo chefe de comunicações do Facebook, Nick Glegg. O executivo disse que não haverá checagem de fatos sobre o material pago veiculado por políticos, um posicionamento também confirmado pela própria empresa.

Em mensagem enviada para Joe Biden, a rede social de Mark Zuckerberg afirmou: “Se uma reivindicação for feita diretamente por um político em sua página, seja em um anúncio ou no seu site, ela será considerada discurso direto e inelegível para nosso programa de verificação de fatos de terceiros. Essas políticas se aplicam a conteúdo orgânico e pago de políticos — incluindo o anúncio do Presidente Trump que você menciona em sua carta.”

Donald Trump havia acusado Hunter Biden (filho de Jon Biden), pedindo que os governos de China e Ucrânia investigassem a atividade de Hunter e de seu pai nos respectivos países.

As acusações de Trump contra Hunter Biden foram feitas sem apresentar evidências, e seus esforços para que as autoridades da Ucrânia investigassem Hunter e seu pai, levaram os democratas na Câmara dos EUA a iniciar uma investigação de impeachment contra o presidente, no mês passado.

Assim como o Facebook, o Twitter também afirmou que anúncios de políticos, mesmo que tragam mentiras sobre seus oponentes, “não violam nossas políticas”.

Isso pode parecer estranho, já que o próprio Facebook diz que conteúdos “como boatos virais compartilhados por um político seriam rebaixados, exibidos ao lado de informações de verificação de fatos e banidos de anúncios”.

A discussão envolvendo campanhas em redes sociais devem esquentar ao longo de 2020, ano de eleição presidencial nos EUA.

Via: MIT Technology Review