A implementação do Google News Showcase pode demorar um pouco mais a acontecer na França: segundo notícia veiculada pela agência Reuters, o Google perdeu uma apelação junto à Corte de Paris e deverá sentar-se com publishers e empresas de mídia do país para negociar métodos de remuneração pelo uso de matérias publicadas pelos jornais, sites e outros veículos jornalísticos da França.
A notícia vem pouco tempo depois da empresa de Mountain View anunciar a chegada da plataforma de notícias na Alemanha, onde ela afirma ter acordos com veículos como Der Spiegel, Stern, Die Zeit; no Brasil, com a Folha de São Paulo e a Band; e na Argentina, com a Infobae.
A decisão refere-se à reutilização de artigos publicados pela mídia francesa e havia sido originalmente tomada em abril deste ano. O Google entrou com recurso, segundo a empresa admitiu ao TechCrunch, “para obter maior clareza legal em algumas partes da ordem, e agora vamos revisar a decisão tomada pela Corte de Apelações de Paris”.
Iniciativa “Google News Showcase” deverá apresentar um acordo específico para os jornais e produtores de conteúdo franceses, decide autoridade do país. Imagem: Jarretera/Shutterstock
Também ao TechCrunch, o Google afirmou que ainda tem preocupações sobre “certos aspectos da ordem da Corte”, os quais a empresa entende como sendo “contraditórios e confusos”, deixando dúvidas sobre como “as leis de direitos aos publishers estão sendo interpretadas no país”.
O Google News Showcase é uma iniciativa pensada pela empresa de Mountain View, que estabeleceu um fundo de US$ 1 bilhão (R$ 5,59 bilhões na conversão direta) para remunerar veículos de notícias de vários países pela exibição de seus conteúdos por meio dos produtos Google.
Entretanto, a questão com a França difere dessa iniciativa por exigir, segundo a Corte de Paris, que o Google se sente com os produtores de conteúdo do país e desenvolva um acordo específico para eles, conforme rege uma legislação do país europeu para o caso de reutilização de conteúdo. A situação é similar ao que se viu na Austrália, conforme o Olhar Digital noticiou há alguns dias, porém com um resultado teoricamente mais favorável.
Fonte: Reuters / Techcrunch