Golpistas já ganham dinheiro vendendo likes e visualizações no Reels

Um deles afirma já ter ganho em poucos dias o suficiente para 'um bom carro e uma casa decente', vendendo curtidas e visualizações geradas por uma rede de 500 mil contas
Equipe de Criação Olhar Digital10/08/2020 19h16

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Golpistas já estão ganhando dinheiro vendendo visualizações e curtidas no Reels, concorrente do TikTok recém lançado pelo Instagram. Um deles afirma já ter ganho em poucos dias o suficiente para “um bom carro e uma casa decente”, cobrando US$ 5 (R$ 27) por mil visualizações e US$ 15 (R$ 80) por mil curtidas.

Segundo o Business Insider, as ofertas começaram poucas horas após o lançamento do serviço, na última quarta-feira (5). Para inflar a audiência de um vídeo são usados computadores conectados a uma botnet: o operador de uma delas afirma que controla uma rede de 500 mil contas do Instagram, e que já recebeu pedidos de mais de 80 clientes que solicitaram no total mais de 11 milhões de visualizações.

Ele afirma que “não há proteção” contra o uso de bots para inflar a audiência dos Reels, e que foram necessárias apenas “algumas horas” para colocar seu novo serviço no ar. “Acho que o Instagram fica feliz se promovermos sua cópia do TikTok”. Já o Facebook, dono do Instagram, afirmou que continua combatendo o que chama de “comportamento não autêntico” na rede.

“Atividade não autêntica é ruim para a comunidade, e desde os primeiros dias do Instagram estamos investindo em formas de identificar e remover milhões de contas falsas ou que geram spam. Continuaremos a aprimorar estas tecnologias, para manter a melhor experiência possível em nossas plataformas”, diz a empresa.

Além do novo concorrente, o TikTok tem sido alvo de ataques crescentes do presidente Donald Trump e de alguns de seus apoiadores por preocupações de que a empresa responsável, a chinesa ByteDance, esteja fornecendo dados de usuários norte-americanos ao governo chinês. A empresa garante que não o faz, e que armazena os dados de clientes americanos nos Estados Unidos.

Trump, entretanto, tem explorado opções para proibir o TikTok ou forçar a sua dona, ByteDance, a se desfazer das operações nos EUA. A Microsoft está negociando a aquisição do TikTok no país – mas tem um prazo para finalizar a compra, caso ela realmente ocorra.

Fonte: Business Insider