EUA vai testar tecnologia de detecção de drones nos aeroportos

Órgão responsável deve avaliar 10 sistemas em aeroportos espalhados por todo o país
Redação31/08/2020 14h22, atualizada em 31/08/2020 21h00

20200831113309-1920x1080

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Administração Federal de Aviação (FAA), agência responsável por administrar voos de aeronaves e aeroportos norte-americanos, começará em breve uma fase de testes de tecnologias para detecção de drones. Serão no total 10 serviços a serem avaliados em aeroportos espalhados por todo o país. O objetivo é testar a detecção de aeronaves não tripuladas e tentar reduzir impactos de objetos em estruturas maiores, como os aeroportos.

As primeiras avaliações serão feitas no Centro Técnico William J. Hughes, da FAA, localizado próximo ao Aeroporto Internacional de Atlantic City, em Nova Jersey. Após a primeira etapa, a agência deve expandir seus testes para outros aeroportos nos Estados Unidos, entretanto, ainda não se sabe quais tecnologias serão utilizadas e quais serão os locais escolhidos. A FAA espera que as empresas interessadas no setor retornem em 45 dias.

Esta não é a primeira vez que a FAA avalia sistemas de detecção e amenização de possíveis problemas relacionados a drones em aeroportos. Há três anos, antes mesmo da Lei de Reautorização de 2018 obrigar a agência assegurar que tais tecnologias de detecção não interfiririam em atividades de segurança dos aeroportos, uma triagem já tinha sido realizada.

aeroporo.jpgDrones podem parecer imperceptiveis para passageiros, mas podem causar danos a aeronaves em pouso e decolagem. Foto: Victor Freitas/Pexels

Há alguns dias a FAA, o Departamento de Justiça e o Departamento de Segurança Interna e a Comissão de Comunicações Federais dos EUA publicaram em conjunto um guia que tem como objetivo ajudar entidades privadas a compreender melhor as leis federais do país, as quais se aplicam para o uso dos sistemas de detecção dos drones. Na ocasião, Jeffrey A. Rosen, procurador geral adjunto, disse que com o aumento do número de drones no espaço aéreo, não seria uma surpresa o consequente crescimento da disponibilidade de tecnologias contra-drones. “Devido ao fato que tais tecnologias podem ser apresentadas ao mercado sem uma discussão de suas obrigações legais, esta assessoria se adianta para dar um resumo do que é relevante legalmente para este assunto. Encorajando um entendimento de leis potencialmente aplicáveis, a consultoria consegue ajudar a fomentar o crescimento responsável desta indústria e ainda promover a segurança pública”.

O uso de drones para todo tipo de propósito, como captação de imagens pessoais, filmagens, espionagem, dentre outros, pode apresentar um problema grave à segurança e à privacidade, seja para o país ou à sociedade civil. Além da preocupação com acidentes que essas pequenas aeronaves possam causar em aeroportos, é provável que a FAA também questione que tais aparelhos ofereçam riscos à segurança nacional dos EUA.

Via: Engadget

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital