Engenheiros resolvem quebra-cabeça de 58 anos que pode revolucionar a física e a medicina

Equipe conseguiu controlar o núcleo de um átomo com campos elétricos
Redação13/03/2020 16h00, atualizada em 13/03/2020 16h20

20200313010456

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Diversos enigmas e propostas científicas estão sem respostas há muitos anos. Porém, recentemente, um grupo de engenheiros da Universidade De Nova Gales do Sul (UNSW), em Sydney, conseguiram realizar um feito sugerido pela primeira vez em 1961. A equipe conseguiu controlar o núcleo de um átomo usando campos elétricos. Esse é um avanço que pode ajudar no desenvolvimento de computadores e sensores quânticos.

“Essa descoberta significa que agora temos um caminho para construir computadores quânticos usando rotações de átomo único sem a necessidade de qualquer campo magnético oscilante para sua operação”, afirmou o engenheiro quântico da UNSW, Andrea Morello.

Controlar um spin nuclear com um campo elétrico, e não magnéticos, tem grandes consequências. Enquanto os campos magnéticos precisam de grandes bobinas e altas correntes e são difíceis de limitar a espaços pequenos, os elétricos são produzidos na ponta de um minúsculo eletrodo e são mais controláveis.

Morello afirma que a descoberta pode revolucionar não só a física como a medicina, que utiliza a ressonância magnética nuclear. “Os médicos o usam para ver em detalhes o corpo do paciente. Isso funciona muito bem, mas para certas aplicações, a necessidade de usar campos magnéticos para controlar e detectar os núcleos pode ser uma desvantagem”, acrescentou.

Apesar da conquista de resolver um quebra-cabeça antigo, Morello afirma que não sabia da existência do enigma. “Redescobrimos esse efeito por completo acidente. Nunca teria me ocorrido procurá-lo. Todo o campo da ressonância elétrica nuclear está quase inativo por mais de meio século, depois que as primeiras tentativas de demonstrar se provaram desafiador demais”, concluiu.

Via: Phys

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital