Quem tem um jardim em casa sabe o quão trabalhoso (e chato) é retirar as ervas daninhas. Agora imagine em uma plantação de vários hectares. Pensando nisso, a Naïo Technologies desenvolveu três veículos elétricos autônomos diferentes, capazes de remover ervas daninhas em linha, especialmente projetados para os terrenos agrícolas. 

São eles: o Oz, veículo leve projetado para estufas e pequenas fazendas; o Ted, autômato de aro para vinhedos que já está em uso no sul na França; e o Dino, seu principal produto, desenvolvido para coletar as ervas daninhas em grandes fazendas de hortaliças.

Os três usam navegação por GPS de precisão, capinas (ferramentas agrícolas) mecânicas que usam aprendizado de máquina para identificar ervas daninhas e são capazes de mapear as culturas e enviar dados aos produtores. Eles também podem fazer giros de 360 graus para fazer inversões de trajetória em espaços apertados.

Já são 150 robôs em uso no Canadá, Japão e Europa. Após um período de testes em 15 fazendas comerciais da Califórnia, a Naïo levantou US$ 15 milhões em janeiro, e está usando parte desse dinheiro para entrar no mercado norte-americano.

A companhia pretende ainda abrir um centro de armazenamento, manutenção e comercialização de seus robôs na Califórnia ainda neste ano, com lançamento comercial também em 2020. Apesar de ser uma tecnologia cara – o Dino custa por volta de US$ 220 mil -, a empresa prevê opções de financiamento ou aluguel das máquinas para os agricultores. 

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O desenvolvimento dessa tecnologia é uma boa notícia para um futuro com menos agrotóxicos. Um estudo da Universidade da Califórnia constatou que a remoção manual de ervas daninhas custa cerca de US$ 300 por acre, enquanto o mercado de herbicidas, pesticidas e sementes transgênicas movimenta em torno de US$ 100 bilhões, e envolve despejar produtos químicos indiscriminadamente nos cultivos.

Via: Autoblog