A Huawei detalhou planos de estabelecer uma base de produção 5G na Europa, um esforço para melhorar a confiança da região na segurança de seus equipamentos, segundo a imprensa chinesa.
Abraham Liu, principal representante da Huawei nas instituições da União Europeia, disse que já tinha uma lista restrita de locais e que o processo já está em andamento. A ex-presidente da Comissão Europeia, Viviane Reding, afirmou que a medida “naturalmente” aumentaria a confiança nos equipamentos 5G da empresa, porque a aplicação das regras europeias implicaria em “um aumento na credibilidade”.
A decisão da Huawei acontece uma semana após o governo do Reino Unido permitir que a empresa forneça equipamentos para redes 5G do país, apesar da companhia chinesa ser excluída das partes principais da infraestrutura, como era esperado.
Em contrapartida, a decisão da Huawei pode desencadear uma disputa com os Estados Unidos, que já pressionaram o governo britânico e outras nações a seguirem sua liderança ao proibir o fornecedor por temer riscos à segurança nacional.
Essa não foi a primeira vez que os norte-americanos alertaram sobre uma possível espionagem do governo chinês por conta de seus produtos. Anteriormente, a marca já tinha sido proibida de comercializar seus equipamentos nos EUA. Em janeiro, o Departamento do Interior dos EUA, responsável pela administração e conservação de terras pertencentes ao governo federal, declarou que está interrompendo o uso de parte de sua frota de drones da DJI por precaução. A empresa respondeu que a decisão é parte de uma “agenda politicamente motivada” para sustentar companhias americanas.
Na semana passada, a Comissão Europeia publicou uma série de recomendações projetadas para garantir a segurança da infraestrutura 5G nos Estados membros, ao mesmo tempo em que cada país deve avaliar qual será o fornecedor responsável pelos equipamentos da rede principal de 5G.
A Comissão recomenda que os operadores limitem a dependência de qualquer fornecedor, usando uma estratégia de diversificar os provedores de equipamentos, semelhante às políticas recentemente descritas pelo Reino Unido.
Via: Mobile World Live