Em seu primeiro dia, PIX movimenta R$ 142 mil em operações bancárias

Nova modalidade de transferência bancária estreou ontem (3), em caráter de testes, mas em apenas oito horas de atividade registrou mais de 1,5 mil inscrições
Rafael Arbulu04/11/2020 14h53

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O PIX, novo formato de transferência bancária que promete operações imediatas, teve sua estreia realizada ontem (3) em caráter de testes, mas já registrou números interessantes. Em apenas oito horas de funcionamento, a modalidade registrou 1.570 operações, totalizando R$ 142 mil em transferências realizadas. A média foi de R$ 90 por transação, com uma operação de R$ 35 mil – a maior do dia, segundo o Banco Central.

O Banco Central também confirmou relatos de instabilidade do serviço, conforme noticiado pela imprensa brasileira. Entretanto, a entidade informa que isso já era esperado, dado o caráter de testes da novidade. Ao todo, entre 1% e 5% da base de clientes das 762 instituições homologadas pelo Banco Central foram contemplados pelo teste. A estreia completa do PIX está marcada para 16 de novembro e, até lá, administradores bancários usarão este tempo para ajustar bugs e erros.

Reprodução

PIX apresenta boa adoção e volume de transações realizadas em seu primeiro dia de atuação. Foto: Brenda Rocha/Shutterstock

Entenda o PIX

Atualmente, o sistema bancário brasileiro trabalha com dois modelos de transferência monetária: a Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Ordem de Crédito (DOC). Ambos trazem mais ou menos o mesmo objetivo – passar dinheiro de uma conta à outra –, porém também trazem algumas limitações:

  • Tempo: transações entre diferentes instituições financeiras podem levar horas. Isso porque, dependendo do banco, a transferência precisa ser validada por algum funcionário ou passar por procedimentos de segurança, o que atrasa a chegada do dinheiro à conta de destino.
  • Taxas: além de demorado, o envio de TEDs e DOCs pode custar caro. Bancos digitais costumam oferecer os serviços gratuitamente, mas os clientes desembolsam de R$ 10 a R$ 20 em instituições tradicionais.
  • Horário: atualmente, as transferências são realizadas somente de segunda à sexta e até um horário limite, que varia entre cada instituição financeira. Fora do horário bancário, durante finais de semana ou feriados, o dinheiro só “cai” na conta ao longo do próximo dia útil.

A ideia do PIX é justamente eliminar todas essas deficiências das outras duas modalidades. Com ele, a promessa do Banco Central é a de que as operações – sejam elas entre as mesmas instituições bancárias ou empresas diferentes – sejam realizadas em segundos, independente do dia ser útil, feriado ou final de semana.

Tarifas no PIX

Também pelo PIX, os consumidores não precisarão pagar tarifas, isentando custos operacionais relacionados à logística financeira. Vale ressaltar, porém, que clientes empresariais – desde pequenos empreendedores até grandes empresas – poderão passar por cobranças pertinentes a operações realizadas por CNPJ.

Finalmente, há a questão da segurança: o PIX funciona pelo cadastro de “chaves” específicas que funcionam como uma senha única para aquele usuário. É possível ter várias chaves para, por exemplo, quando você tem operações entre vários bancos a serem feitas. Todos esses dados ficam armazenados no sistema do Banco Central e são legalmente protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O Olhar Digital já preparou tutoriais de como credenciar o PIX nas principais instituições financeiras, os quais você encontra na lista abaixo:

Fonte: Teletime

Colaboração para o Olhar Digital

Rafael Arbulu é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital