Seis meses se passaram desde que o Banco Central anunciou a criação do PIX, sistema de pagamentos instantâneos pela internet. Na noite de quarta-feira (12) a regulamentação do serviço foi oficialmente aprovada, e seu lançamento ficou marcado para 16 de novembro. O cadastro para utilização do sistema começa em 5 de outubro.  

A transferência de dinheiro por meio de TEDs e DOCs é simples, mas apresenta limitações incômodas relacionadas a tempo, taxas e horário.

  • Tempo: Transações entre diferentes instituições financeiras podem levar horas. Isso porque, dependendo do banco, a transferência precisa ser validada por algum funcionário ou passar por procedimentos de segurança, o que atrasa a chegada do dinheiro à conta de destino. 
  • Taxas: Além de demorado, o envio de TEDs e DOCs pode custar caro. Bancos digitais costumam oferecer os serviços gratuitamente, mas os clientes desembolsam de R$ 10 a R$ 20 em instituições tradicionais.
  • Horário: Atualmente, as transferências são realizadas somente de segunda à sexta e até um horário limite, que varia entre cada instituição financeira. Passado esse horário, o dinheiro só “cai” na conta no próximo dia útil. 

O PIX promete revolucionar a maneira como os brasileiros enviam e recebem dinheiro. Com ele, as transações serão efetuadas em até dez segundos, e poderão ser realizadas a qualquer dia ou horário, incluindo feriados. O custo é praticamente nulo: será cobrado R$ 0,01 a cada 10 transações.

Os pagamentos também mudam. O PIX permitirá a leitura de códigos de barra e QR Codes com compensação instantânea, acabando com a espera de até dois dias úteis para o processamento de boletos.   

money-2387280_1920.jpg

PIX tem potencial para substituir cartões de débito e dinheiro em espécie. Imagem: Pixabay

Como vai funcionar? 

A partir de 5 de outubro, todos os bancos e fintechs com mais de 500 mil clientes deverão oferecer a criação de chaves PIX. Por meio delas, os clientes poderão associar suas contas bancárias a um endereço de e-mail, número de telefone ou CPF/CNPJ. 

Em novembro, os clientes cadastrados passam a ter o PIX como alternativa para a realização de transações. Estas poderão acontecer entre duas pessoas físicas; entre uma pessoa física e uma jurídica; entre duas pessoas jurídicas; ou direcionadas a entidades governamentais, para pagamento de impostos. 

As compras em estabelecimentos que aceitem o PIX poderão ser pagas por meio de QR Codes. Por isso, o novo sistema tem potencial para substituir não apenas TEDs e DOCs, mas também o cartão de débito e até mesmo o dinheiro em espécie.

Afinal, o único impedimento para que isso ocorra hoje é a demora na compensação de pagamentos, problema que será solucionado pelo PIX. 

De acordo com o Banco Central, o PIX “trará mais competitividade e eficiência para o mercado de pagamentos, e com ele surgirão muitas oportunidades”.  

Via: TeleTime