Elonk Musk e polêmica poderiam ter o mesmo significado no dicionário. Principalmente quando o bilionário decide soltar seu humor questionável em tuítes, comportamento que já causou problemas para a Tesla, obrigou a renunciar ao cargo de presidente, ter suas postagens sobre a empresa passando por pré-aprovação de advogados e pagar uma multa milionária à SEC (Securities and Exchange Commission). E agora, o CEO da empresa vai ter que encarar a corte norte-americana devido aos seus comentários difamatórios, ao chamar um mergulhador britânico de pedófilo.
O empresário vai a julgamento em 22 de outubro, de acordo com recentes processos judiciais que o The Verge teve acesso. Ele responderá por difamação contra o mergulhador Vernon Unsworth. A ação foi iniciada no ano passado, depois que Musk repetidamente o acusou de ser um pedófilo. Um juiz rejeitou a afirmação do CEO de que a acusação não era real. O bilionário da Tesla chegou a pedir desculpas a Unsworth, mas a retratação não foi suficiente para por um fim ao caso.
No ano passado, durante o difícil resgate dos 12 meninos de um time de futebol e o técnico que ficaram presos em uma caverna na Tailândia, Musk entrou em uma breve discussão pelo Twitter com Unsworth, um dos mergulhadores envolvidos na operação, e acabou o chamando de pedófilo.
O desentendimento começou depois que Unsworth chamou a tentativa de ajuda de Musk no resgate do grupo de “golpe de relações públicas” e que o plano “não tinha chance de funcionar”. O bilionário havia oferecido um mini-submarino infantil para tirar as crianças do fundo da caverna, mas a cápsula não chegou a ser usada, porque foi considerada não funcional por autoridades.
O CEO da Tesla ainda fortaleceu o insulto em e-mails enviados para o BuzzFeed, nos quais afirmou categoricamente que o mergulhador havia se mudado para a Tailândia “para se casar com uma criança que tinha 12 anos na época”. O empresário chegou a sugerir que o repórter ligasse para pessoas no país que pudessem confirmar sua narrativa.
Por conta disso, o juiz que está conduzindo o caso concluiu que Musk fez mais do que apenas tuitar um insulto, mas divulgou “seguidas declarações indicando que acreditava que suas afirmações eram verdadeiras” mostrando que pretendia “transmitir fatos reais”.
A decisão não significa que Musk seja culpado, mas mostra que o processo de Unsworth é forte o suficiente para merecer um julgamento. Uma conferência pré-julgamento está marcada para 7 de outubro.
Via: The Verge